Governador de SP descarta saída do Republicanos: “Não tenho previsão de sair por ora. Estou satisfeito aqui e temos um time”. Movimentação política aumenta com convite de Bolsonaro para migrar ao PL.
A convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, deixasse o Republicanos e migrasse para o PL, visando a sucessão presidencial de 2026, trouxe à tona discussões sobre as movimentações políticas no país. Tarcísio, no entanto, negou que vá realizar qualquer mudança antes da eleição de outubro, reforçando que o momento é de foco no pleito municipal.
Em meio a esse cenário de especulações e convites, cabe ressaltar a importância da atuação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no movimento político. A entrevista na Sala São Paulo, onde lançou programas voltados às mulheres, foi apenas uma das demonstrações do comprometimento do governador com a política social do estado, mostrando que suas ações vão além das questões partidárias.
Entrevista: Tarcísio Nunes fala sobre o cenário político atual
‘Não tenho previsão de sair por ora. Estou satisfeito no Republicanos e nós temos um time. A ideia por agora é cuidar desse time. Esse time tem o Republicanos, tem o PL, tem PSD, tem PP e MDB. Tem também o Podemos. São os partidos que estão conosco e esses partidos e a gente espera ter um grande resultado no final do ano’, declarou o governador.
Na tentativa de manter a movimentação política sob controle, o governador tem resistido à pressão do movimento político que o pressiona a migrar para o PL durante a janela partidária. No entanto, segundo fontes próximas, Tarcísio tem sido aconselhado a adiar a transferência de partido por nomes influentes como Gilberto Kassab, presidente do PSD, até depois das eleições de outubro. A estratégia busca evitar atritos e assegurar o apoio das legendas aliadas.
A preocupação de Tarcísio com os possíveis efeitos negativos da sucessão presidencial ainda incerta é evidente, mesmo diante das pesquisas eleitorais que o colocam como principal candidato a herdar o capital político de Bolsonaro para as eleições de 2026. A incerteza sobre o futuro do bolsonarismo nas ações judiciais em curso torna a movimentação política atual uma empreitada delicada.
Kassab, que se destaca como conselheiro do governador, também teria aconselhado Tarcísio a postergar qualquer movimento em direção a uma possível candidatura presidencial a fim de evitar antecipar-se aos acontecimentos futuros. Além disso, o tamanho do bolsonarismo e do petismo nas urnas das eleições municipais desse ano é um fator determinante antes de tomar qualquer passo precipitado.
‘O que a gente tem acompanhado é que a gente irá sim, muito bem [na eleição de outubro] como time. A gente é de grupo, de time. E vamos cuidar do time como um todo. Esse time cabe todos os partidos que estão agora conosco’, declarou Tarcísio nesta sexta-feira (8).
Os atritos com o Republicanos surgem devido à proximidade que o partido mantém com Lula e o PT, o que causa desconforto ao governador. Com um histórico de ter tido ministros em governos petistas, Tarcísio tem expressado sua insatisfação com a ligação do partido à Igreja Universal do Reino de Deus.
Fonte: G1 – Política
Comentários sobre este artigo