Projeto da Lei define cronograma para empenho de emendas em investimentos, mesmo com bloqueios e atrasos no Orçamento federal. Equipe econômica propõe texto-base com regras tributárias e superávit.
Brasília | Bruna Lima e Hellen Leite, do R7, em Brasília
O orçamento para o próximo ano foi aprovado pelo Congresso nesta terça-feira (19) durante a votação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO). A votação foi simbólica, mas houve um pedido de verificação para analisar o resultado. Com a aprovação do orçamento, o Congresso agora precisa analisar as emendas antes de enviar o texto para sanção.
Projeto da Lei Orçamentária Anual: LDO e suas diretrizes
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é um instrumento fundamental para a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), que estabelece todas as despesas, receitas e investimentos do Orçamento federal para o próximo ano. Trata-se de um documento essencial para garantir que o planejamento fiscal esteja alinhado com as necessidades do país.
Emendas parlamentares impositivas e empenho
Dentre as questões abordadas no texto aprovado da LDO está a obrigatoriedade do governo federal em empenhar as emendas impositivas parlamentares durante o primeiro semestre de 2024. O empenho é a etapa crucial em que o governo reserva o dinheiro destinado ao Congresso, marcando a antecipação do pagamento do recurso. Tal decisão impacta nas relações entre o Executivo e o Legislativo, alterando a dinâmica e a barganha política.
Emendas impositivas: individuais e de bancada
As emendas impositivas abrangem tanto as individuais, destinadas a projetos indicados por deputados e senadores, quanto as de bancada, voltadas para as bancadas estaduais ou regionais. O montante previsto inclui R$ 25 bilhões para emendas individuais e R$ 12,5 bilhões para as de bancada. A LDO impõe prazos para análise e empenho desses recursos, estabelecendo um compromisso claro da gestão com o pagamento das emendas obrigatórias.
Orçamento e investimentos: desafios e implicações
A elaboração da LDO apresenta desafios para o governo, uma vez que o pagamento das emendas impositivas se torna uma obrigação, podendo afetar outros investimentos previstos. Um dos pontos sensíveis diz respeito à retirada de recursos de áreas prioritárias, como o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a fim de assegurar o cumprimento das demandas parlamentares.
Definição de prazos e implicações políticas
A definição de prazos para o pagamento das emendas impositivas representa um marco significativo na relação entre governo e Congresso. O cronograma estabelecido na LDO coloca em xeque estratégias tradicionais de negociação, conferindo transparência e previsibilidade ao processo de liberação de verbas parlamentares.
Contingenciamento e metas fiscais
A proposta de déficit zero para 2024, mantida na LDO, impõe desafios e regras rígidas para a equipe econômica. A necessidade de contingenciamento de gastos para cumprir as metas fiscais torna-se uma preocupação, exigindo um equilíbrio entre a contenção de despesas e a viabilização de investimentos prioritários.
Financiamento e fundo eleitoral
Em um cenário de discussões acaloradas, a discussão sobre o montante destinado ao fundo eleitoral resultou na imposição de um limite para 2024. O valor alocado para campanhas municipais representa um aumento substancial em relação ao pleito anterior, suscitando debates sobre a utilização efetiva desses recursos.
Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
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