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Presidente faz cobrança pública aos ministros para priorizar articulação política e aprovar projetos no Congresso. Busca equilibrar contas públicas e impulsionar desenvolvimento.
Após a declaração pública do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a necessidade de maior engajamento dos ministros na articulação política do governo, membros do alto escalão começaram a estabelecer as questões que serão priorizadas nas próximas semanas.
A declaração foi feita durante a cerimônia de assinatura da medida provisória que implementa o programa Acredita, com o objetivo de incentivar a oferta de crédito e a renegociação de dívidas (veja mais detalhes abaixo).
‘O Alckmin precisa agir com mais agilidade, precisa manter mais diálogo. O Haddad, ao invés de ler livros, deve dedicar algumas horas para conversar no senado e na Câmara. O Wellington, o Rui Costa, devem passar a maior parte do tempo dialogando com a bancada A, bancada B’, afirmou o ex-presidente Lula.
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Lula e sua atuação no Congresso Nacional
A edição da MP acontece num contexto em que o governo do presidente Lula tenta se aproximar do Congresso Nacional, principalmente da Câmara dos Deputados.
O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), por exemplo, chamou recentemente o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela interlocução do Palácio do Planalto com o Congresso, de ‘desafeto pessoal’ – Padilha, por sua vez, disse que não iria ‘descer a esse nível’.
No Senado, também têm avançado propostas como a do ‘quinquênio‘, que eleva os gastos públicos num momento em que o governo tenta equilibrar as contas públicas.
Próximos passos em relação à articulação política
Veja como devem ser os próximos passos dos ministros de Lula em relação à articulação política:
- Fernando Haddad (ministro da Fazenda): após o evento com Lula, Haddad almoçou com Padilha e com os líderes do governo no Legislativo – Jaques Wagner (Senado), José Guimarães (Câmara) e Randolfe Rodrigues (Congresso). Além disso, incluiu na agenda uma reunião com Lula e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para discutir o envio, ao Congresso, dos projetos que regulamentam trechos da reforma tributária.
- Wellington Dias (ministro do Desenvolvimento e Assistência Social): à GloboNews, o ministro disse estar ‘à disposição’ para se reunir e dialogar com parlamentares a fim de esclarecer todos os pontos da MP do Acredita. Na avaliação do ministro, o conteúdo da medida provisória está em ‘sintonia’ com a maioria dos parlamentares.
- Geraldo Alckmin (vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio): já tem dialogado com parlamentares sobre propostas voltadas ao setor industrial e deve intensificar conversas em busca da aprovação do Mover, projeto que prevê incentivos à produção de veículos sustentáveis.
Importância da medida provisória assinada por Lula
Assim que publicada no ‘Diário Oficial da União’, a MP do Acredita terá força de lei. Precisará, no entanto, de aprovação do Congresso Nacional para se tornar lei em definitivo. O prazo para votação é de 120 dias.
Os dois eixos centrais do programa são: estímulo ao crédito e renegociação de dívidas.
- A MP assinada pelo presidente Lula é focada, principalmente, nos microempreendedores individuais (MEIs) e nos micro e pequenos empresários, além de famílias inscritas no Cadastro Único do governo federal.
- Com a edição da MP, os parlamentares poderão aprovar o texto enviado pelo governo; aprovar com mudanças; rejeitar; deixar perder validade.
Fonte: G1 – Política
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