Governo cria crédito consignado a trabalhadores do setor privado após MP para baixar conta de luz e reformas microeconômicas.
Após a implementação de medidas para diminuir o valor das faturas de eletricidade, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está prestes a lançar outra medida provisória, com o intuito de expandir o crédito consignado aos trabalhadores do setor privado.
Estas ações visam impulsionar a economia nacional, fomentando a disponibilidade de crédito, reduzindo as pressões inflacionárias e promovendo um desenvolvimento mais vigoroso para a nação. Além disso, o empréstimo com desconto em folha será descontado diretamente pelo empregador a favor do banco que forneceu o financiamento, no momento da geração da folha de pagamento através do eSocial, uma plataforma governamental voltada às demandas empresariais.
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Impacto positivo do crédito consignado no setor privado
Com o crédito consignado, a instituição financeira tem a garantia de que o pagamento será feito, dentro de limites que não comprometam a renda do trabalhador. Com isso, a taxa de juros dos empréstimos é definida em leilões entre instituições financeiras, o que proporciona a expectativa de juros mais baixos para os trabalhadores do setor privado.
Impacto no FGTS com medida provisória do crédito consignado
A medida provisória também pode modificar as regras do consignado com base nos saques-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, inicialmente pretendia acabar com essa modalidade, mas o sistema financeiro demonstrou ao governo que o consignado se tornou um mecanismo para aumentar o crédito no país. Uma possibilidade é limitar o prazo deste tipo de empréstimo para que não comprometa o saldo do Fundo de Garantia do trabalhador.
Reformas microeconômicas para incentivar o crédito consignado
Em busca de expandir o crédito no país, o governo considera a aprovação de oito projetos de reformas microeconômicas. Essas reformas podem reduzir pela metade o spread bancário, que é a diferença entre o valor que o banco paga a investidores para ter recursos e o que ele recebe de volta de quem contrata crédito. A proposta é que o spread caia de 20 pontos percentuais para 10 pontos percentuais, o que tem potencial para aumentar em 40% o volume de crédito no país. Atualmente, o spread bancário brasileiro está entre os mais altos do mundo, com uma média mundial em torno de 5 pontos percentuais. Dessa forma, os oito projetos, incluindo a mudança na Lei de Falências, podem resultar em iniciativas que barateiem o crédito no país.
Fonte: G1 – Política
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