Pesquisadores afirmam que o homem foi sepultado com bens funerários valiosos, como cerâmica, vidros e um pente fino em câmara isolada.
Arqueólogos descobriram os restos mortais de um homem ‘bárbaro’ que habitou as fronteiras do Império Romano há aproximadamente 1.700 anos. O que surpreendeu a equipe foi que ele foi enterrado com bens funerários de grande valor, como vidros, cerâmica e um pente fino. Esse homem possivelmente fazia parte de uma tribo germânica. Segundo os estudiosos, o enterro remonta à primeira metade do século IV.
A inumação desse indivíduo revela muito sobre as práticas funerárias da época. O sepultamento, acompanhado de objetos significativos, indica a importância que a cultura germânica atribuía à vida após a morte. A riqueza dos itens encontrados no enterro destaca a relevância desse achado arqueológico.
Descoberta Arqueológica em Gerstetten
O homem em questão era um alamano, pertencente a uma federação de tribos germânicas que habitavam a região próxima ao Vale do Alto Reno. Ele faleceu por volta dos 60 anos de idade. Durante escavações realizadas no centro da vila de Gerstetten, localizada a aproximadamente 64 quilômetros da cidade de Stuttgart, no sudoeste da Alemanha, foi encontrada a sepultura deste indivíduo. A câmara de madeira que cercava o enterro estava situada em um local isolado, o que sugere um cuidado especial na inumação.
Objetos Funerários e Significado Cultural
Entre os bens funerários descobertos no enterro do homem germânico, destaca-se um copo de vidro de alta qualidade. A equipe de arqueólogos acredita que esse objeto possa ter sido adquirido no forte romano próximo, em Guntia. Os artefatos encontrados foram enviados para uma oficina de restauração na cidade vizinha de Esslingen, enquanto os ossos do homem ainda estão em processo de documentação pelos arqueólogos.
A Fronteira do Império Romano
A região onde ocorreu o enterro era parte da fronteira do Império Romano, conhecida como ‘Limes Germânico Superior’. Além dessa fronteira, habitavam diversas tribos germânicas. Os romanos referiam-se aos germânicos como ‘bárbaros’, um termo de origem grega que originalmente significava ‘pessoas que falam de maneira diferente’. Essa designação era utilizada para descrever todos aqueles que não eram romanos e que viviam fora dos limites de seus territórios. Após o século V, os germânicos, sob a liderança dos visigodos e vândalos, iniciaram invasões nas terras romanas ao sul, eventos que contribuíram para a queda do império romano.
Fonte: @Olhar Digital
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