Pesquisa do IBGE aponta desigualdades na distribuição de equipamentos culturais na região norte, dificultando acesso a cinemas, teatro e museus.
Um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou as disparidades no acesso a cinemas, teatros e museus em diversas regiões do Brasil. De acordo com a pesquisa, a maioria dos moradores das cidades do Norte enfrentam dificuldades em se deslocar por mais de uma hora para chegar a esses espaços culturais, enquanto apenas uma pequena parcela da população do Sul enfrenta esse tipo de desafio.
Essa realidade evidencia a necessidade de investimento em infraestrutura cultural nas regiões menos favorecidas, possibilitando a todos o acesso a cinemas, teatros e museus. A criação de políticas públicas voltadas para a promoção da atividade cultural é fundamental para reduzir as disparidades e proporcionar a todos a oportunidade de desfrutar desses espaços enriquecedores.
Desigualdades no Acesso a Cinemas, Teatro e Museus
Através do método de cálculo desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi possível identificar as desigualdades no acesso a cinemas, teatro e museus. O modelo estima o tempo de deslocamento de uma pessoa que vive em um município desprovido desses equipamentos culturais até o município mais próximo que oferece essas opções, no período de 2011 a 2022.
Cinemas, Teatros e Museus: Distribuição de Equipamentos Culturais
As despesas públicas destinadas à cultura tiveram um aumento significativo de 73,1%, passando de R$ 7,9 bilhões para R$ 13,6 bilhões no período analisado. No entanto, esse montante ainda está abaixo do crescimento da inflação, que atingiu 80%.
Políticas Públicas e Acesso a Museus
No mês de setembro, o Ministério da Cultura (MinC) anunciou um aporte de R$ 24 milhões para impulsionar a movimentação cultural nos estados da região Norte do Brasil, através do ‘Projeto Cultural Norte’. Esse projeto contemplará artistas nos estados da Amazônia Legal, buscando estimular a produção artística na região.
O ‘Projeto Cultural Norte’ inclui workshops voltados para a elaboração de projetos em colaboração com o Serviço Social da Indústria (SESI). Entre 2020 e 2021, Roraima não recebeu investimentos da Lei Rouanet, enquanto o estado do Pará liderou em aportes, totalizando mais de R$ 74 milhões ao longo de cinco anos.
Os aportes para os sete estados do Norte atingirão em média R$ 2,5 milhões individualmente, contribuindo para estimular projetos culturais na região. Cada instituição parceira detém uma cota de R$ 6 milhões, visando impulsionar a produção artística no norte do Brasil.
Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
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