Ator e cineasta é ovacionado no Palco Thunder, espaço principal do evento, por suas obras que abordam cinema político, Cinema Novo e justiça social na América Latina, influenciado pela cultura pop.
Wagner Moura foi homenageado pela organização e pelo público da CCXP24, evento que reuniu fãs de ficcção científica no Rio de Janeiro. Ele é apenas mais um dos nomes que integra a lista de personalidades brasileiras homenageadas pela CCXP no longo de suas 11 edições.
Wagner Moura é um dos muitos artistas homenageados durante a CCXP24. Ao longo de suas 11 edições, a CCXP também homenageou Xuxa, Laerte e Cao Hamburger, entre outros nomes que deixaram marcas na cultura pop brasileira. O fato de Wagner Moura ter sido homenageado na CCXP24 é mais um sinal de reconhecimento à sua contribuição para o cenário da ficção científica no Brasil.
Wagner Moura: A Estrela da Cultura Pop da América Latina
Em 2024, a CCXP24 deu as boas-vindas a Wagner Moura, um dos nomes mais respeitados da cultura pop da América Latina. Na noite de sexta-feira, 6, o ator e cineasta teve sua carreira homenageada no Palco Thunder, principal palco da feira, que se encheu de fãs do intérprete de Olavo, Pablo Escobar, Capitão Nascimento e muitas outras personagens icônicas.
Wagner Moura: Um Artista Com Coerência e Propósito
Wagner Moura admite que, antes de vir à CCXP24, nunca tinha comparecido ao evento e ficou surpreso com o tamanho e a energia da festa. ‘Isso aqui é um negócio gigantesco’, disse ele em entrevista coletiva antes do painel que o homenageou. ‘Um evento desse achar que vale a pena me homenagear, eu fiquei super feliz. Não tem muito o que dizer, na hora que eles me convidaram, aceitei na hora.’
Em uma retrospectiva de sua carreira, Moura relembrou uma frase de Adriana Falcão, autora da peça Máquina, estrelada pelo ator nos anos 1990. ‘Ela diz uma frase que eu gosto muito, que é ‘sucesso é quando a mesma coisa que você sempre fez, só que todo mundo começa a prestar atenção’.’ Moura sempre teve uma coerência do tipo de artista que ele quer ser e não tem medo de falar sobre isso. ‘Eu sou um homem que gosta de política, me interesso por política, me interesso por justiça social, por coisas que, a mim, me tocam. Então, me parece natural [fazer produções políticas]. Como eu disse no começo [da coletiva]: eu faço as coisas para mim.’
Wagner Moura: Uma Vida de Arte e Política
Com três décadas de TV, teatro e cinema na bagagem, Moura vê com bons olhos a troca de experiências com atores mais jovens e de vivências distintas. ‘Quando eu fiz Marighella, eu tive uma troca tão grande com atores jovens que viraram meus grandes amigos. Humberto Carrão, Bella Camero, são pessoas que eu adoro, tô observado.’
Moura também é um defensor da arte como um movimento político. ‘Sempre gostei muito de cinema político. O cinema que mais me influenciou na vida é o neorealismo italiano, aqueles filmes italianos do pós-Guerra, que são referência para o Cinema Novo (1960-1972), até para filme brasileiro mais recente, como Cidade de Deus. É uma estética que eu gosto.’ Ele também admite que gosta de fazer obras de gêneros que se afastem da política. ‘Não quero ficar preso. Eu quero fazer um lobisomem. Eu nunca fiz um filme de lobisomem. Eu nunca fiz um filme assim de terror, assim, sabe? De suspense.’
Wagner Moura: A Arte como Uma Força Transformadora
Para Moura, a arte é uma força transformadora que pode mudar a forma como as pessoas pensam e se comportam. ‘Eu faço as coisas para mim mesmo. Alguma coisa que me faça aprender alguma coisa sobre mim mesmo, que faça que eu entenda algo que eu não sei.’ Ele também acredita que a arte pode ser uma ferramenta para promover a justiça social e a igualdade. ‘Eu sou um homem que gosta de política, me interesso por política, me interesso por justiça social, por coisas que, a mim, me tocam. Então, me parece natural [fazer produções políticas]. Como eu disse no começo [da coletiva]: eu faço as coisas para mim.’
Fonte: @ Terra
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