Homem sai de casa por medo de ofensas homofóbicas, intolerância religiosa, vandalismo e instalação de câmeras.
Em setembro, um escultor da Zona Norte do Rio de Janeiro encontrou pichações com ofensas homofóbicas e de intolerância religiosa na porta de seu apartamento em Madureira. O caso, que ganhou destaque em setembro, reabriu o debate sobre a violência homofóbica no Rio de Janeiro. Alguns dos casos mais graves foram registrados em 2014, quando foram assassinados 47 homossexuais no Brasil.
Recentemente, João Júnior, um escultor de Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, enfrentou um caso de ofensas homofóbicas e intolerância religiosa. Em setembro, ele encontrou pichações na porta do seu apartamento. As mensagens incluíam ameaças diretas, como ‘Bruxo, filho do diabo, servo de Satanás.’ João Júnior denunciou o caso na TV Globo. Trata-se de apenas um dos muitos casos de violência homofóbica em curso no Brasil. A intolerância religiosa e as ofensas homofóbicas são uma questão muito delicada, pois podem gerar danos emocionais e físicos para as vítimas. É fundamental que a sociedade se mobilize contra essas ações.
Homofobia intolerante
João, um artista, encontrou uma mensagem de ódio na porta de casa: ‘Pegue suas imagem e suma do nosso condomínio. Ou vamos invadir e quebrar tudo. Depois, queimar em nome de Jesus. Viado dos infernos’.A mensagem atacou a profissão de João, que trabalha com esculturas religiosas usadas em cultos de matriz africana e símbolos da Igreja Católica. O ataque se tornou uma realidade para João, que relatou um profundo impacto psicológico e uma alteração na sensação de segurança no lar.
A mensagem homofóbica intimidou João, afetando suas atividades diárias e colocando em questão sua capacidade de planejar o futuro. ‘Um medo que invade e é algo que vai te consumindo com o tempo. Fiquei alguns dias dormindo até mesmo na minha irmã até minha cabeça entender o que estava realmente acontecendo’, compartilhou ele.
O condomínio está tomando medidas para fortalecer a segurança, incluindo a instalação de mais câmeras e a realização de campanhas de conscientização sobre o respeito às garantias individuais. Contudo, o condomínio explicou que não há câmeras no bloco, mas que está em processo de instalação.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando o caso, que foi registrando na delegacia de Madureira. Embora os suspeitos ainda não tenham sido identificados, a polícia e o condomínio estão colaborando para resolver o caso e prevenir futuros incidentes.
Fonte: @ Hugo Gloss
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