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Brasil possui 1.059 eleitores venezuelanos aptos a votar no pleito presidencial, em processo de reinstitucionalização do sistema eleitoral.
O repórter Manuel Quilarque percorreu uma longa distância, saindo de São Paulo e chegando a Brasília, para participar das eleições que determinarão o próximo presidente da Venezuela, responsável por liderar o país sul-americano de 2025 a 2031. As eleições são momentos cruciais para a democracia, onde cada cidadão exerce seu direito de escolha e contribui para o futuro político de sua nação.
Nesse importante pleito, as urnas serão abertas para que os cidadãos expressem suas preferências e participem ativamente do processo democrático. A participação de Manuel Quilarque nas eleições demonstra seu compromisso cívico e a importância de cada voto para a construção de uma sociedade mais justa e democrática. A contagem dos votos será fundamental para determinar o rumo político da Venezuela nos próximos anos.
Eleições na Venezuela: Desejo de Mudança e Participação Ativa
Ele e outros eleitores que compareceram à seção eleitoral na Embaixada da Venezuela, na capital do Brasil, neste domingo (28), expressaram o anseio por mudanças e pela garantia de que o resultado das urnas seja respeitado pelas autoridades. Manifestaram a esperança de recuperar a liberdade no país, almejando um processo de reinstitucionalização efetivo. Também destacaram a importância de proporcionar condições favoráveis para que os venezuelanos em situação de vulnerabilidade no exterior possam retornar ao país.
Brasília (DF) 28/07/2024 – Manuel Quilarque foi visto na entrada da embaixada da Venezuela durante a votação para presidente – Valter Campanato/Agência Brasil. O atual presidente, Nicolás Maduro, está no poder desde 2013 e enfrenta nove concorrentes no pleito de hoje. Esta eleição marca a primeira vez, desde 2015, em que toda a oposição concorda em participar. Após anos de boicote por parte dos principais partidos de oposição desde 2017, a participação unificada é vista como um passo significativo no processo eleitoral.
Segundo relatos de um jornalista que reside no Brasil há 15 anos, apenas 1.059 dos aproximadamente 500 mil venezuelanos que vivem no país conseguiram se registrar para votar. Enquanto ele não enfrentou dificuldades para exercer seu direito de voto devido ao registro ativo por muitos anos, seu irmão, que vive na Espanha, não conseguiu se inscrever para participar do pleito. O jornalista enfatiza que, embora o sistema eleitoral seja confiável, existem questões que afetam o pleito de maneira abrangente.
‘Essa fraude não está no sistema eleitoral, não está na urna eletrônica, não está na contagem dos votos. Ela ocorre antes, quando impedem o registro, quando não permitem votar por motivos diversos, quando os funcionários públicos são instruídos a tirar fotos e enviar, quando há votos assistidos’, afirmou o jornalista, que aposta em uma possível vitória do principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia. As pesquisas eleitorais na Venezuela apresentam resultados divergentes em relação ao pleito presidencial.
Enquanto algumas pesquisas indicam uma vitória expressiva de Edmundo González Urrutia, outras apontam para a reeleição de Nicolás Maduro, também com uma margem considerável. Em meio a essas incertezas, a participação dos eleitores venezuelanos no exterior enfrenta desafios logísticos e financeiros significativos. Desde 2019, quando o presidente Jair Bolsonaro rompeu relações com o governo venezuelano e fechou todos os consulados no Brasil, a seção eleitoral na embaixada em Brasília se tornou o único local de votação disponível.
Além das dificuldades burocráticas, questões como a distância geográfica e os custos associados à viagem impedem a participação de um número significativo de eleitores. Manuel Quilarque estima que, no máximo, cerca de 30 pessoas tenham votado devido às condições adversas. A Agência Brasil não conseguiu contato com as autoridades da embaixada venezuelana em Brasília, mas foi informada pelo responsável da portaria que a votação transcorria normalmente.
Fonte: @ Agencia Brasil
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