Concessionárias reduzem inadimplência do modelo free flow com inteligência artificial, utilizando scanners 3D no acesso ao litoral para evitar infrações graves de pedágio e pagamento.
Com a expansão da tecnologia, a tarifa de pedágio eletrônico está se tornando cada vez mais comum em rodovias brasileiras. Esse sistema permite pagar sem passar por cabines de pedágio, facilitando a passagem de veículos. No entanto, muitos motoristas ainda não estão preparados para essa mudança e acabam sendo multados por não pagar a tarifa dentro do prazo estabelecido.
Antes, os motoristas tinham 30 dias para pagar as tarifas após passar pelo pedágio. Agora, com o sistema de pedágio eletrônico, os veículos são identificados e as tarifas são debitadas automaticamente. Mas, para evitar problemas, é fundamental estar ciente do sistema de pagamento utilizado pela concessionária da rodovia. Alguns concessionários oferecem tarifas mais baixas para os usuários do pedágio eletrônico, tornando-se uma opção mais atraente. Portanto, é importante verificar as regras e regulamentações específicas da tarifa de pedágio eletrônico antes de viajar.
Novas fronteiras na gestão de trafego
A falta de compreensão sobre o funcionamento do sistema é a principal razão pela qual o número de infrações registradas nas estradas que começaram a adotar o free flow é elevado, especialmente para os motoristas que não utilizam a tag de pagamento, que automaticamente desconta a tarifa da conta da concessionária. Nesse sentido, a funcionalidade, que deveria ser um argumento convincente do novo modelo, virou um pesadelo para os donos das concessionarias e para os motoristas distraídos, sujeitos à multa por evasão da tarifa, uma infração grave que acarreta cinco pontos na CNH e uma penalidade de R$ 195,23. O free flow funciona sem cabines ou cancelas. O motorista passa por um pórtico instalado na estrada sem precisar reduzir a velocidade. Um sistema eletrônico de alta tecnologia – que inclui scanners 3D, radares, câmeras, leitores de placa e dados processados por inteligência artificial – identifica as características do veículo, registrando automaticamente o valor a ser pago. Quem não possui a tag, precisa baixar um aplicativo para o pagamento. A partir de março de 2023, com a instalação dos primeiros pórticos que registraram a passagem dos carros em três trechos da BR-101 (Rio-Santos), entre Paraty e Angra dos Reis, sob concessão da concessionária CCR, o free flow passou a ser utilizado em outras rodovias.
Um sistema em evolução
Este ano, substituiu as cabines de pedágio em três rodovias estaduais do Rio Grande do Sul (operadas pela concessionária CSG), e foi adotado em outras duas rodovias paulistas: na SP-333, em Itápolis e Jaboticabal, e no Contorno Sul da Rodovia dos Tamoios, recém-aberto no Litoral Norte. Para 2025, porém, o motorista deverá ficar atento porque o pedágio eletrônico vai passar a ser utilizado em rodovias movimentadas, incluindo a de maior tráfego do País. A Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, vai instalar, até março, 21 pórticos entre os km 205, em Arujá, até o km 230, na chegada da capital paulista. Já no 2º semestre, outros sete pórticos devem operar em rodovias de acesso ao litoral paulista, e mais dois no trecho norte do Rodoanel Mario Covas.
Um balanço positivo
Um relatório divulgado em novembro, com o balanço de 20 meses de operação do free flow no trecho fluminense sob concessão da CCR, revela que o tempo para pagamento da tarifa nas passagens pelos pórticos caiu drasticamente ao longo do tempo, passando de 54 dias em média em março de 2023 (quando foi instalado na Rio-Santos), para 6 dias entre agosto e outubro deste ano. ‘Este é um número relevante, considerando a região em que o free flow está inserido, local em que as tags são utilizadas, na maioria dos casos, apenas para o pagamento de pedágio’, afirma Cleber Antonio Chinelato, gerente-executivo de tecnologia da CCR, no relatório, feito em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Segundo a ANTT, o sistema foi capaz de detectar 100% dos veículos que passaram pelos pórticos. Destes, 99,53% tiveram a tag corretamente lida e 99,64% das placas foram lidas sem erros. Inadimplência O elevado número de multas
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo