Em 16 de maio de 2023, anúncio da estatal sobre preços de combustíveis vinculados às taxas internacionais e fretes gerou polêmica: política, dividendos, gritaria, missão, limite inferior/superior, saldo, abrasileiramento, efeito limitado, repasse, mais rápido, 2020-2024 (janeiro).
Jean Paul Prates assumiu a liderança da Petrobras em março de 2023, durante a gestão de Lula. Após um ano e sete meses, foi afastado da empresa, em meio a discussões sobre a política de preços e a pressão do Ministério de Minas e Energia.
Os desafios enfrentados por Jean Paul Prates incluíam a volatilidade dos preços do combustível, como gasolina e diesel, que impactavam diretamente a política de dividendos da empresa.
Política de Preços da Petrobras: Um Ano de ‘Abrasileiramento’
Justamente ao completar um ano da principal missão atribuída pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras segue firme em sua estratégia de acabar com a política de paridade de importação (PPI) para estabelecer os preços de gasolina e diesel. Nas palavras do então chefe, Prates, a empresa ‘abrasileirou’ os preços, e, nesse sentido, a estatal não deve passar por mudanças significativas.
‘Acredito que a política atual não causou problemas. O mercado compreendeu, e a empresa consegue se manter estável mesmo com o aumento do petróleo Brent. Não seria surpreendente ver os preços repassados às distribuidoras se aproximando mais do valor marginal para a Petrobras do que do custo de aquisição para o cliente’, destaca Ilan Arbetman, analista da Ativa.
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Desde a implementação da estratégia comercial, a Petrobras adota uma faixa de preço de referência, com um limite inferior representando o valor marginal e um limite superior refletindo o custo alternativo do cliente, próximo ao conceito de PPI. Qual tem sido o resultado do ‘abrasileiramento’ dos preços até o momento? Segundo a Leggio Consultoria, especializada em petróleo, gás e renováveis, a estratégia tem se mostrado acertada até agora.
Após quase um ano, a Petrobras tem conseguido capturar os ganhos gerados pela variação de preços no mercado internacional. Quando os preços sobem, a empresa mantém uma defasagem de um mês no repasse, evitando picos de valores. Em períodos de queda, o repasse é feito quase imediatamente. ‘A empresa pode perder oportunidades ao não repassar rapidamente a volatilidade para cima, mas esse efeito é limitado. O importante é que a empresa mantém o repasse de preços, preservando os resultados e a geração de caixa’, explica Camila Affonso, sócia da Leggio Consultoria.
O estudo da Leggio abrange o período de 2020 a janeiro de 2024 e indica que, com a política ‘PPI menos’, os preços do diesel e da gasolina praticados pela Petrobras permaneceram ligeiramente abaixo da Paridade de Importação. Os preços estão cerca de 5% abaixo da paridade no diesel e 3% na gasolina. A consultoria observa que essa estratégia tem sido adotada ao longo de 2022, buscando um equilíbrio entre a volatilidade do petróleo e a agilidade no repasse de variações negativas.
A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula a paridade de importação, e seus percentuais de defasagem diferem dos apurados pela Leggio. A política de preços da Petrobras continua sendo um ponto de destaque no cenário econômico, mantendo a empresa em sintonia com as oscilações do mercado internacional.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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