Casa em Santa Catarina cria moda sustentável a partir de tecidos de resíduos e madeira de demolição, seguindo princípios de ecodesign e design moderno. O projeto é apoiado pelo programa Exporta SC e busca a certificação.
Em uma época em que as mulheres se destacavam principalmente pela beleza e pela vida em casa, a moda se transformou em uma questão de empoderamento feminino, tornando-se uma forma de expressão pessoal e uma ferramenta para alcançar o sucesso profissional. A Proposta Verde, criada por Ana Pisetta e João Dolzan em 2008, em Rio do Sul (SC), é um exemplo de como a moda pode ser uma verdadeira ferramenta de promoção pessoal e profissional, apesar das incertezas do mercado de trabalho.
Com a intenção de criar um negócio sustentável e ecológico, o casal Ana e João acabou criando uma das maiores marcas de moda sustentável do mundo. Com um compromisso com a sostenibilidade ecológica e com o empoderamento feminino, a Proposta Verde se tornou uma referência na indústria de moda e inspiração para muitas mulheres que buscam inspiração para sua carreira e estilo de vida. Nossa abordagem é diferente, pois nos concentramos em oferecer produtos de moda que são não apenas bonitos, mas também sustentáveis e ecológicos. A moda se tornou mais do que roupas, ela se tornou uma forma de promover a igualdade de gênero.
Um Caso de Sucesso na Moda Sustentável
O salário de professor considerado insuficiente e a escassez de oportunidades levaram um casal a buscar alternativas que lhes permitissem abrir um negócio ecológico. Influenciados pelo crescente movimento de reutilização de madeira de demolição, eles decidiram inovar, criando linhas de móveis com design moderno e sustentável. A jornada no segmento, porém, não durou muito, pois o processo gerava um alto volume de resíduos.
Desenvolvimento de um Negócio de Moda
Em busca de uma solução, João se matriculou em uma pós-graduação em ecodesign, em Curitiba (PR), onde aprendeu a transformar resíduos em novos produtos. Um dos resultados foi uma luminária com LED, que levou o casal a expandir seu portfólio, criando uma coleção de luminárias e um catálogo. Com um produto que poderia ser produzido em escala, eles começaram a se cadastrar em programas de capacitação e passaram a enviar o catálogo para clientes.
Exportação e Certificação
Inscreveram-se, inclusive, no programa Exporta SC, do Sebrae, que aconteceu em 2015, e selecionou 50 empresas, de um total de 600, para um processo de capacitação e internacionalização, que incluía uma viagem para os Estados Unidos (EUA). Foram dois anos de acompanhamento no total. Contudo, ao tentarem exportar suas luminárias, o casal enfrentou barreiras de certificação que impossibilitaram a venda para o país norte-americano. Eles faturam R$ 4 milhões com climatech de reflorestamento e criaram tecnologia para economizar água.
Empreendedorismo e Sucesso
No fim, nunca mandaram nada para os EUA, mas aprenderam muito e mudaram sua postura no mercado nacional. Ano conta que, após a experiência, ela e o marido fizeram o Empretec, do Sebrae, o que foi uma virada de chave. ‘Na capacitação, decidi que venderia essas luminárias em um ano e assim aconteceu.’ As luminárias acabaram sendo vendidas para 55 lojas da Leroy Merlin. ‘Tivemos uma experiência de atuação em escala. O produto pode ser ótimo, mas se o consumidor não estiver preparado para consumi-lo, não vai sair da prateleira’, afirma a empreendedora.
Moda Sustentável e Parcerias
Naquele momento, a Proposta Verde já estava no processo de migração para a área de moda. Essa mudança de foco levou à colaboração com marcas renomadas. ‘Lançamos uma primeira coleção de acessórios com a Renner, em 2018. Em seguida, conseguimos uma parceria com a Osklen, que é pioneira no Brasil em moda sustentável’, conta Ana. Com a visibilidade, desenvolvemos também uma raquete de tênis usando madeira de demolição, em parceria com a marca de moda sustentável.
Fonte: @ PEGN
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