Tereza de Benguela, líder importante da resistência negra, era conhecida como Rainha Tereza no Quilombo do Quariterê, no Vale do Guaporé, onde liderou um sistema de defesa e rede de espiões.
Tereza de Benguela foi uma figura emblemática na luta contra a opressão colonial no Brasil, liderando o Quilombo do Quariterê no século XVIII. Sua coragem e determinação inspiraram muitos a resistir às forças coloniais e a lutar pela liberdade do seu povo.
Conhecida como a Rainha Tereza, ela foi uma verdadeira líder do seu povo, defendendo os direitos e a dignidade dos quilombolas. A Rainha do Quilombo Tereza de Benguela é lembrada como uma heroína que nunca se rendeu às forças opressoras, e sua luta pela liberdade e justiça continua a inspirar gerações. Sua legado é um exemplo de resistência e coragem que nunca deve ser esquecido.
A Liderança de Tereza de Benguela
Tereza de Benguela, uma figura emblemática da resistência negra no Brasil colonial, foi uma mulher escravizada e esposa de José Piolho, líder do Quilombo do Quariterê. Embora sua história seja pouco documentada, sabe-se que no século XVIII, em Vila Bela, então capital de Mato Grosso, Tereza viveu na região do Vale do Guaporé, próximo à fronteira com a Bolívia. Após a morte de seu marido, Tereza assumiu o comando do quilombo, composto por escravizados fugidos e indígenas.
O Quilombo do Quariterê cresceu sob sua liderança, com uma estrutura política organizada e econômica, baseada na agricultura e em um sistema de defesa que utilizava armas roubadas de vilas próximas ou que foram trocadas com os brancos. A comunidade se mantinha com o cultivo de milho, feijão e mandioca. Tereza também criou uma rede de espiões para monitorar os movimentos das autoridades coloniais. Segundo documentos da época, o quilombo abrigava cerca de 100 pessoas.
A Resistência de Tereza de Benguela
Tereza era conhecida como ‘Rainha Tereza’ ou ‘Rainha do Quilombo’. Historiadores relataram que, enquanto alguns manuscritos a descreviam como alguém que tinha hábitos maquiavélicos, outros a reconheciam como uma líder importante e respeitada. Por cerca de 20 anos, o quilombo resistiu às ações das tropas coloniais, mas foi destruído em 1770 após um ataque das forças militares. Tereza de Benguela foi capturada e, segundo relatos históricos, morreu em cativeiro, preferindo o suicídio à escravidão.
Outra versão sugere que ela foi morta pelos soldados e teve sua cabeça exposta no centro do Quilombo do Quariterê. Na época, algumas pessoas conseguiram fugir e reconstruir o quilombo, mas ele foi destruído definitivamente em 1795. A determinação de Tereza em lutar pela liberdade de seu povo, no entanto, permanece como um legado de resistência. Atualmente, Tereza é uma das grandes referências na luta contra o racismo e a opressão no Brasil.
O Legado de Tereza de Benguela
Em 2014, foi aprovada a lei que instituiu o dia 25 de julho como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, reforçando a importância de sua trajetória na história do país. Tereza de Benguela é um exemplo de liderança e resistência, e sua história é um lembrete importante da luta pela liberdade e igualdade no Brasil. Como ‘Rainha Tereza’ ou ‘Rainha do Quilombo’, ela é lembrada como uma mulher corajosa e determinada que lutou pela liberdade de seu povo.
Fonte: @ Nos
Comentários sobre este artigo