Companhia que não reserva lucros empresta com bancos para comprar papéis de derivativos, acreditando que está subvalorizada, apesar dos desafios.
As ações de empresas brasileiras continuam a ser objeto de estudos por investidores em busca de oportunidades de valor. Um dos principais motivos para isso é a capacidade de ações subavaliadas serem resgatadas por companhias, o que pode garantir aos investidores um retorno mais alto no longo prazo. Programas de recompra de ações são estratégias comuns para empresas que enxergam seus papéis como subavaliados pelo mercado.
Por outro lado, a Tenda tem adotado um modelo de investimento único, financiando a recompra de ações por meio de empréstimos. Essa abordagem permite que a empresa adquira ações no mercado e, em seguida, as recompre em um futuro próximo. Além disso, a empresa também oferece programas de ações à sua equipe de funcionários, com o objetivo de estimular o engajamento e a participação dos colaboradores nos resultados da empresa.
Ações em foco: estratégias de recompra e programas de gestão
Nas operações de mercado, a Tenda adota uma abordagem inovadora ao utilizar derivativos como ferramentas de gestão. O CFO da empresa, Luiz Mauricio Garcia, explanou durante o Tenda Day sobre a estratégia de compra de ações da empresa por bancos, destacando a importância de entender o conceito de derivativos como ‘os mais simples possíveis’. Segundo Garcia, os bancos adquirem as ações da empresa na bolsa e as mantêm até uma data específica, após o que são vendidas no mercado. Essa operação é feita com o objetivo de maximizar o retorno dos investimentos.
Ajustes no mercado e a questão do spread
A Tenda definiu objetivos de longo prazo para trazer as ações de volta para a empresa, com base em lucro e reserva de capital robustas. Para alcançar esse objetivo, a empresa adotou estratégias de recompra de ações, em vez de utilizar o caixa próprio. A Tenda optou por utilizar uma operação de derivativos, na qual bancos compram ações da empresa e as mantêm até uma data específica, com o objetivo de maximizar o retorno dos investimentos.
Derivativos, prazo e objetivos
A empresa realizou uma operação de derivativos em 2022, referenciada em até 4,5 milhões de ações, com liquidação até outubro de 2024. A Tenda também realizou uma operação semelhante em abril de 2023, com prazo máximo de liquidação em abril de 2026. Essas operações visam maximizar o retorno dos investimentos e trazer as ações de volta para a empresa. Além disso, a Tenda tem um programa tradicional de recompra em aberto, que pode alcançar até 4,5 milhões de ações.
Expectativas e perspectivas para o futuro
A expectativa da diretoria é que as ações em posse dos bancos comecem a ser internalizadas a partir do próximo ano, quando a Tenda projeta um lucro líquido entre R$ 360 milhões e R$ 380 milhões — bem acima do esperado para 2023. A empresa também tem um programa tradicional de recompra em aberto, que pode alcançar até 4,5 milhões de ações. No entanto, a empresa registrou prejuízo de R$ 95,8 milhões no ano passado. A expectativa é que as ações em posse dos bancos comecem a ser internalizadas a partir do próximo ano, quando a Tenda projeta um lucro líquido entre R$ 360 milhões e R$ 380 milhões.
Fonte: @ NEO FEED
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