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Com o Shark-Vis, astrônomos estudarão registro de atividade vulcânica, revelando segredos ocultos da Terra e Lua.
Astrofísicos capturaram imagens detalhadas da Lua Io, que circunda Júpiter, por meio do Grande Telescópio Binocular, situado no Arizona, EUA. A Lua Io é conhecida por sua atividade vulcânica intensa e sua superfície colorida, sendo um dos corpos celestes mais fascinantes do Sistema Solar.
Essas observações fornecem aos astrofísicos uma visão mais profunda da Lua de Júpiter, permitindo um estudo mais aprofundado de sua geologia e atividade vulcânica. O estudo desses corpos celestes é fundamental para ampliar nosso entendimento do universo e dos processos que moldam os diferentes mundos que existem além da Terra.
Explorando a Lua de Júpiter, Io;
Este é o corpo com maior atividade vulcânica do Sistema Solar e sua imagem pode fornecer dados sobre as erupções que ajudaram a moldar as superfícies da Terra e nossa Lua. A Lua de Júpiter, Io, apresenta uma oportunidade única para os astrofísicos aprenderem sobre as enormes erupções que moldaram os corpos celestes em seus passados distantes. Para dar a dimensão da capacidade da ferramenta, a equipe de pesquisa compara o registro obtido a uma foto de uma moeda de dez centavos a uma distância de 160 quilômetros. Essa análise foi possível com a utilização de um instrumento óptico de alto contraste, o Shark-Vis, que juntamente com um telescópio consegue anular a distorção induzida pela turbulência atmosférica.
Descobertas na Lua, de Júpiter, com o Shark-Vis;
Leia mais: Sonda chinesa decola com amostras do lado oculto da Lua; entenda missão histórica. Astrônomos identificam estrelas que podem abrigar megaestruturas alienígenas. Onde termina a Terra e começa o espaço? Conheça a linha de Kármán. A lua Io tem um tamanho parecido com a Lua do nosso planeta e seus vulcões apresentam uma atividade extremamente mais intensa que os da Terra. A partir das novas imagens da Shark-Vis os astrônomos conseguiram identificar um fenômeno acontecendo: um vulcão conhecido como Pele, localizado no hemisfério sul de Io, próximo ao equador, está sendo coberto materiais expelidos durante a erupção de Pillan Patera, uma estrutura geológica vizinha. Io, portanto, apresenta uma oportunidade única para aprender sobre as enormes erupções que ajudaram a moldar as superfícies da Terra e da Lua em seus passados distantes, como destacou Al Conrad, cientista associado do Observatório do Grande Telescópio Binocular.
Detalhes ocultos e capacidade do Shark-Vis;
Io fotografada em janeiro de 2024; a imagem destaca o anel avermelhado ao redor do vulcão Pele (abaixo e à direita do centro da lua) e o anel branco ao redor de Pillan Patera, à direita de Pele / INAF/Observatório do Grande Telescópio Binocular/Georgia State University; Observações da banda IRV por SHARK-VIS/F.Pedichini; processamento por D. Hope, S. Jefferies, G.Li Causi. Imagens mais nítidas em comprimentos de onda visíveis, como as fornecidas pelo Shark-Vis e o Grande Telescópio Binocular, são essenciais para identificar tanto os locais das erupções quanto as mudanças de superfície não detectáveis no infravermelho, como os novos depósitos de pluma [coluna de material expelida durante uma erupção], conforme ressaltou Imke de Pater, professora emérita de astronomia da Universidade da California-Berkeley e co-autora da pesquisa. Até agora, esse tipo de visão só havia sido alcançado por espaçonaves enviadas a Júpiter.
Explorando novos horizontes com o Shark-Vis;
‘A visão apurada do Shark-Vis é adequada para observar as superfícies de muitos corpos do Sistema Solar, não apenas as luas dos planetas gigantes, mas também asteroides’, disse Simone Antoniucci, cientista que opera a ferramenta. E completou: ‘Já observamos alguns deles, com os dados sendo atualmente analisados, e estamos planejando observar mais.’ A capacidade do Shark-Vis de revelar detalhes ocultos nos corpos celestes oferece uma nova perspectiva para os astrofísicos estudarem a atividade vulcânica e a geologia desses mundos distantes.
Fonte: © CNN Brasil
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