TCU dá 5 dias para Braskem e órgãos federais explicarem problema em mina de Maceió após colapso e rachaduras.
O pedido do Ministério Público junto ao TCU foi acolhido, e o caso da mina da Braskem, em Maceió, será fiscalizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
A participação acionária relevante da Petrobras na Braskem foi um dos motivos que levaram o tribunal a atuar no caso, uma vez que a fiscalização de recursos minerais, como é o caso da mina, é de competência da esfera federal.
Com isso, o ministro Aroldo Cedraz determinou que, em 5 dias, a Braskem e órgãos federais deem explicações ao tribunal.
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Ministério Público do TCU abre oitivas com a Braskem e outros órgãos sobre subsidência em Maceió – AL
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União está promovendo oitivas prévias junto a Braskem e outros órgãos, como a Casa Civil da Presidência da República, Ministério de Minas e Energia, Ministério do Meio Ambiente, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Agência Nacional de Mineração, Secretaria do Patrimônio da União e Serviço Geológico Brasileiro para que prestem esclarecimentos sobre a representação referente aos danos causados pela subsidência em Maceió – AL. O despacho alega a necessidade de pronunciamento dos entes no prazo improrrogável de 6 dias úteis.
Além disso, o senador Renan Calheiros, que está atuando ativamente na CPI da Braskem, também solicitou a intervenção do tribunal.
Outro destaque do despacho é a ausência de menção à atuação de órgãos ambientais federais nos documentos, assim como na falta de estabelecimento de estruturas de coordenação interfederativa para negociação e execução dos acordos, o que pode gerar medidas no tribunal.
O ministro também ressaltou que novos acordos, sem a quantificação de prejuízos, podem gerar a responsabilização por esta Corte.
‘Causa espécie não haver qualquer menção, nos documentos colacionados aos autos, à atuação de órgãos ambientais federais, tampouco ao estabelecimento de estruturas de coordenação interfederativa para negociação e execução dos acordos’, diz o documento.
Afundamento em cinco bairros – Rompimento de mina da Braskem
Cinco bairros de Maceió estão sendo afetados pelo afundamento de solo desde 2019, levando a necessidade de evacuação de 55 mil moradores dessas áreas, devido ao aumento de rachaduras em casas e ruas.
Após o risco iminente de colapso de uma mina de sal-gema na região da lagoa Mundaú, a capital alagoana decretou estado de emergência. O governo federal reconheceu a situação.
No domingo (10), ocorreu o rompimento de parte de uma mina da Braskem, resultando em uma cratera aberta sob a água. A terra da região ainda oscila constantemente e há risco de colapso no local. A Braskem mantinha 35 minas na região para extração de sal-gema, parte delas fica sob a lagoa. Este último episódio é mais um capítulo no desastre ambiental causado pela empresa.
Fonte: G1 – Política
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