Ex-policial Guaranho: juízo em Foz do Iguaçu debate pelas repercussões locais, cargo da vítima (guarda municipal) e 21 funcionários municipais envolvidos. Advogado Assad defende transferência: mulher empregada em Itaipu Binacional acusada, sete funcionários da usina e possível condenação. Comarca debaterá presença de sete funcionários da usina e 21 funcionários municipais.
ANA PAULA BIMBASÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Justiça do Paraná optou por suspensar o julgamento do bolsonarista acusado de tirar a vida de um petista em Foz do Iguaçu. O júri popular estava agendado para 2 de maio. A medida atende a uma solicitação da defesa do ex-policial penal bolsonarista Jorge Guaranho.
A questão envolvendo o julgamento, que estava previsto para acontecer em maio, teve sua data adiada devido à decisão judicial de suspensar. Esta ação causou surpresa no cenário jurídico local, levantando questionamentos sobre os próximos passos a serem tomados, sobretudo pela defesa do réu. E agora, com a suspensão do julgamento, novas estratégias deverão ser traçadas para a continuidade do processo.
Suspensão do julgamento: repercussão e influência na decisão
O advogado Samir Mattar Assad, em defesa do acusado, argumentou diante da Justiça a necessidade de suspensão do julgamento na comarca de Foz do Iguaçu. Alegou a ampla repercussão do caso na cidade e a relevância do cargo ocupado pela vítima, o guarda municipal Marcelo Arruda, na gestão municipal. O juiz, ao considerar a possibilidade de influência na decisão dos jurados, determinou uma pausa no processo.
Novos elementos na suspensão do julgamento
Além da trajetória profissional da vítima, o juiz substituto Sergio Luiz Patitucci, responsável pela decisão, mencionou o fato de a esposa de Arruda, Pamela Suellen Silva, ocupar um cargo na Itaipu Binacional. A composição do corpo de jurados, formada por sete funcionários da usina e 21 funcionários municipais de Foz, também foi levada em consideração. A definição de uma nova data para o júri ainda não foi estabelecida.
Deliberação sobre a transferência de comarca
O primeiro julgamento, previsto inicialmente para dezembro de 2023 e posteriormente adiado para 4 de abril deste ano, segue com a questão da transferência de comarca em aberto. O juiz Patitucci ressaltou que a suspensão visa permitir uma análise aprofundada dos argumentos apresentados pela defesa, visando uma decisão fundamentada sobre a transferência do julgamento.
Repercussões do caso e possibilidade de juízo condenatório
A decisão, tornada pública em 26 de março, levanta questões sobre a possibilidade de um julgamento imparcial, independentemente do local. A acusação destaca indícios que apontam para a possibilidade de um veredicto condenatório contra o réu. O advogado da assistência de acusação, Daniel Godoy, mencionou a possibilidade de recurso e consultará a família para possíveis ações futuras.
Contextualização do caso: tragédia e controvérsias
A tragédia que resultou na morte de Marcelo Arruda durante sua festa de aniversário em 9 de julho de 2022 gerou grande comoção. O fato do guarda municipal ser uma figura pública, envolvida em atividades políticas, adiciona complexidade ao caso. As alegações de legítima defesa por parte do acusado, diante do contexto do crime, geram controvérsias que devem ser esclarecidas durante o desenrolar do processo judicial.
Defesa e acusação: posicionamentos opostos
Enquanto a defesa de Guaranho insiste na tese de legítima defesa, ressaltando a presença de uma arma em posse de Arruda durante o confronto, a acusação mantém a perspectiva de uma responsabilidade criminal do réu. A busca pela verdade e pela justiça permanece como pilar central deste caso, que continua a capturar a atenção e as emoções da comunidade local.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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