No Superior Tribunal de Justiça, a Corte Especial processa Gladson de Lima Cameli (PP, governador do Acre) por criminoso organização, corrupção ativa/passiva, peculato, lavagem de dinheiro, fraude, licitação irregular, núcleos políticos, familiares, empresariais e operacionais.
A Corte Especial do Tribunal de Justiça do Brasil aceitou a denúncia contra governador do Acre, Gladson de Lima Cameli (PP), por supostos envolvimentos em crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude em licitações.
A acusação contra o chefe do executivo acreano foi formalizada após investigações aprofundadas que resultaram em uma robusta queixa apresentada ao STJ, demonstrando indícios consistentes dos delitos cometidos.
Novas Revelações sobre a Denúncia contra Governador
Gladson Cameli permaneceu no cargo, mesmo sendo réu em ação penal. Após sua reeleição em 2022, tornou-se réu por decisão unânime do colegiado, com destaque para a relatora, ministra Nancy Andrighi, e o revisor, ministro João Otávio de Noronha. O colegiado rejeitou o pedido de afastamento das funções feito pela Procuradoria-Geral da República.
A ministra Nancy considerou o afastamento desnecessário, pois os fatos investigados não são recentes. No entanto, o bloqueio cautelar de bens no valor de R$ 12 milhões foi deferido para garantir a reparação ao erário em possíveis condenações futuras. Vários ministros votaram junto à relatora e ao revisor, incluindo João Otávio de Noronha, Humberto Martins, Luis Felipe Salomão, Mauro Campbell, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira, Villas Bôas Cueva, Sebastião Reis Júnior e Francisco Falcão.
A denúncia envolve irregularidades na contratação da empresa Murano Construções LTDA., que teria recebido R$ 18 milhões para obras públicas. Além do governador, sua esposa, irmãos, servidores públicos, empresários e possíveis ‘laranjas’ foram denunciados. Os casos serão analisados por um juiz de primeira instância, após a Corte Especial manter a competência apenas sobre o governador, detentor de foro privilegiado.
Segundo a PGR, Gladson é apontado como líder de uma organização criminosa com núcleos político, familiar, empresarial e operacional. O esquema visava desviar recursos públicos por meio de peculato, corrupção ativa e passiva, fraude em licitações e lavagem de dinheiro. A Polícia Federal revelou que as empresas investigadas receberam mais de R$ 270 milhões desde 2019, durante o mandato de Gladson.
Fonte: © Conjur
Comentários sobre este artigo