Identificadas movimentações suspeitas em empresas de fachada; juiz afastou investigado semana passada.
Um funcionário do Ministério Público Federal está sendo apontado como um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro vindo de um esquema internacional de tráfico de drogas. Carlos Silva foi um dos alvos da operação Dakovo, que desarticulou uma estrutura criminosa no Peru que fornecia as principais facções brasileiras com drogas.
Segundo documentos aos quais o jornal teve acesso com exclusividade, Carlos utilizou empresas em seu nome para tentar dar aspecto legal ao capital proveniente da venda de drogas ilegais. Em 20 de agosto de 2022, ele transferiu R$ 150 mil à Alfa Brasil; em 24 de outubro de 2022, mais R$ 70 mil, ambas as operações com fundos em espécie.
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A PF desvendou operação criminosa envolvendo dinheiro e esquema de fachada
A PF realizou descobertas relacionadas a Raimundo Pereira, sócio de Wagner na Bravo Brasil, constatando que ele havia trabalhado como doméstico e agropecuário, contrariando a atividade da empresa. Indícios apontam para a existência de uma estrutura criminosa operando apenas de fachada.
A Bravo Brasil – Iphones LTDA, ainda sob propriedade de Raimundo, compartilha endereço e telefones com outra empresa. Foram identificados três depósitos que totalizam R$ 53 mil, direcionados a empresas usadas pelo esquema para efetuar pagamentos.
O juizado colegiado da operação solicitou o afastamento cautelar de Wagner das suas funções no MPF. O afastamento é justificado pela livre acessibilidade do servidor a informações sigilosas, conforme dados da Transparência do MPF, o salário bruto de Wagner é de R$ 20.649,61.
Questionado, o MPF se recusou a dar informações sobre o afastamento de Wagner, alegando sigilo. A defesa de Wagner não foi encontrada pelo blog.
Na terça-feira passada (5), a Polícia Federal deflagrou uma operação contra um grupo suspeito de entregar 43 mil armas para as maiores facções do país, movimentando R$ 1,2 bilhão. A investigação teve início em 2020, quando armas foram apreendidas, e avançou graças a cooperação internacional que indicou a origem dessas armas. O proprietário de uma empresa chamada IAS, localizada no Paraguai, estava envolvido na compra e venda de armamentos em países estrangeiros, fornecendo para o mercado interno.
Operação policial desmascara esquema ilegal movimentando grandes verbas
Fonte: G1 – Política
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