Saldo do Dia: Ajuste tarifário de Trump atrasa, mas problemas persistem, investidores avançam com cautela, usando contratos futuros, Taxa de Depósito Interfinanceiro e prêmios em contratos.
O mercado de ações brasileiro, representado pelo Índice Bovespa, vive um momento de grande volatilidade. As flutuações no valor das ações das principais empresas da Bolsa de Valores de São Paulo são frequentes e podem ser influenciadas por diversos fatores, como as mudanças nos preços das commodities, os juros oferecidos pelos bancos e a instabilidade do mercado internacional.
Nesse contexto, a frase motivacional mencionada parece se aplicar ao ambiente do mercado de ações brasileiro. As flutuações nos preços das ações podem ser consideradas como obstáculos que o investidor precisa superar. Além disso, o Índice Bovespa é um índice de ações que mede o desempenho das principais empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo. Nesse sentido, a filosofia mencionada serve como uma reflexão sobre a volatilidade do mercado de ações brasileiro. Outro fator que pode afetar o mercado de ações no Brasil é o valor do dólar comercial, que pode ser influenciado pelo ambiente com mais inflação. Isso pode afetar a capacidade das empresas de investir em novos projetos. Além disso, o Taxa de Depósito Interfinanceiro (TDI) também é um fator que pode influenciar o mercado de ações, pois pode afetar os custos de captação de recursos pelas empresas.
Desafios enfrentados pelo Ibovespa em sua ascensão recente
O Ibovespa não se beneficiou de um ambiente sem obstáculos e, no entanto, conseguiu subir nas duas últimas sessões. Sem um gatilho claro, o índice de ações da bolsa brasileira avançou 0,4% na terça-feira (21) e recobrou o patamar dos 123 mil pontos. Em dois dias, acumulou 0,58% de ganhos, e, no ano, teve alta de 2,4%. Nesse cenário, é fundamental considerar a fragilidade das altas recentes do Ibovespa, que parecem se apoiar em algo frágil: o adiamento da implementação da agenda tarifária de Donald Trump nos Estados Unidos. Isso significa que as medidas econômicas serão tomadas no segundo mandato do republicano são melhores ou piores do que o esperado? Ainda não. Só não vieram tão cedo quanto se esperava.
Ainda assim, o dólar comercial recuou 0,18%, caindo para R$ 6,03. No acumulado do ano, a queda da moeda americana é de 2,4% contra o real. O ponto é que esse alívio refletido nos ativos domésticos é efêmero e, por ora, parece não levar a lugar algum. O Ibovespa girou R$ 12,6 bilhões nesta sessão, 23% abaixo da média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,4 bilhões.
Enquanto isso, as taxas em contratos futuros de juros passaram por uma correção, após terem fechado o pregão de ontem em queda. Nesse contexto, o risco de um ambiente com mais inflação no mundo todo não é tão facilmente ignorado. A Taxa de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 saiu de 14,93% para 14,95% ao ano. Prêmios em contratos de curto prazo estão mais ligados às expectativas dos investidores para a Selic. Já os retornos da taxa para janeiro de 2029 oscilaram de 14,99% para 15,03% ao ano, enquanto para janeiro de 2036, a taxa foi de 14,75% para 14,79%. Vencimentos com prazos mais longos refletem uma maior preocupação com calote do governo.
A alta do Ibovespa, sem um argumento sólido por trás, foi um feito e tanto. Das 87 ações atualmente na carteira do principal índice da B3, 65 avançaram hoje. O foco do segundo mandato de Trump em aumentar a produção e exportação de petróleo e gás natural tem pressionado os preços do petróleo. Mas veio deste setor a virada na bolsa brasileira hoje. Por boa parte do pregão, Petrobras e pares cederam sob o peso do ‘drill, baby, drill’ (algo como ‘perfure, baby, perfure’, em tradução livre), a política republicana retomada agora por Trump que incentiva a extração de petróleo e gás natural nos Estados Unidos. E ainda há entre investidores preocupações relacionadas à suposta pressão que o governo estaria fazendo sobre a Petrobras para adiar o reajuste de preços. Com isso, conseguiria conter o custo dos combustíveis e também a inflação. Deste segundo ponto de tensão, a novidade: o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que conselho de administração da Petrobras ‘não interfere na política de preços dos combustíveis’ e que a ‘política de preços cabe à direção da empresa’.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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