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Espanha vence Eurocopa com equipe tática e marcação por encaixes individuais. Rodri supera lesão e se destaca no nível de jogo do campeão europeu.
No intervalo da final da Copa América, a informação sobre a contusão de Gabriel Jesus parecia representar a principal preocupação para a seleção brasileira, que já demonstrava um domínio incontestável sobre a Argentina. Logo no início do segundo tempo, os brasileiros mostravam uma alteração estratégica que ia além da entrada de Everton Cebolinha, destaque do Grêmio, no lugar do artilheiro da competição.
Enquanto a seleção brasileira se reorganizava em campo, o conjunto argentino tentava reagir, mas a defesa sólida comandada por Marquinhos e Thiago Silva impedia qualquer avanço do time adversário. A pressão aumentava a cada minuto, e a torcida vibrava com cada lance de perigo criado pelo Brasil, que buscava ampliar sua vantagem no placar.
Seleção Espanhola: Uma Análise Tática do Funcionamento Similar ao de um Clube
Seja para ajudar Zubimendi ou para driblar a marcação por encaixes individuais da Inglaterra, Fabian Ruiz adotou uma nova posição, recuando alguns metros para formar uma dupla de volantes. A transição da Espanha de um 4-3-3 para um 4-2-3-1 causou confusão na defesa inglesa e resultou no primeiro gol, anotado por Nico Williams. A flexibilidade tática da equipe espanhola foi destacada em uma análise pós-jogo no Troca de Passes, evidenciando a capacidade de adaptação da seleção.
Durante muito tempo, questionou-se por que jogadores como Messi não rendiam na seleção como em seus clubes. O mesmo dilema foi levantado em relação à seleção inglesa e à França, apesar de possuírem jogadores de alto nível. A dificuldade das seleções em atingir o mesmo desempenho dos clubes está ligada às limitações naturais de cada geração e à falta de rotina de treinos.
A Espanha se destaca por conseguir unir seus talentos e superar essas barreiras, assemelhando-se ao desempenho de um clube. A fluidez do jogo espanhol lembra o futebol de clubes, especialmente pelas parcerias em campo que resultam em encaixes perfeitos. Os pontas espanhóis, em particular, têm sido peças-chave na velocidade do ataque, com Nico Williams e Lamine Yamal se destacando.
No meio-campo, a complementaridade entre os jogadores é evidente. Rodri se destaca como o melhor volante do mundo, controlando o jogo, distribuindo passes e protegendo a defesa. Fabián Ruiz brilhou como um camisa 8 dinâmico, enquanto Dani Olmo se destacou atuando entre as linhas adversárias. A lesão de Pedri abriu espaço para Olmo brilhar, demonstrando sua capacidade de decidir jogos.
Nico Williams, atuando pela esquerda, combinava bem com o lateral Cucurella, criando jogadas pelo corredor intermediário. A seleção espanhola mostra como a harmonia entre os jogadores e a capacidade de adaptação tática podem fazer a diferença em competições de alto nível.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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