Mark Zuckerberg pede desculpas a famílias afetadas por conteúdos de exploração sexual em audiência nos EUA. Plataformas digitais em debate mundial.
As redes sociais estão cada vez mais presentes em nosso dia a dia, e a responsabilidade das plataformas digitais em relação ao conteúdo que é disponibilizado é cada vez mais discutida. Em uma audiência no Senado americano, Mark Zuckerberg prestou depoimento e pediu desculpas aos pais de crianças afetadas por conteúdos de exploração sexual infantil encontrados nas redes sociais.
A internet e as mídias sociais têm um papel fundamental na disseminação de informações, mas é crucial que as plataformas digitais sejam responsáveis pelo conteúdo que é compartilhado. A exibição de um vídeo em que jovens relataram terem sido vítimas de crimes sexuais nas redes sociais, e os depoimentos de familiares que perderam seus entes queridos, colocaram em evidência a importância de garantir a segurança e proteção dos usuários, principalmente os mais jovens.
Plataformas digitais e suas responsabilidades
Em entrevista ao podcast O Assunto desta sexta-feira (2), Kelli Angelini, advogada especialista em educação digital e autora do livro ‘Segredos da internet que crianças e adolescentes ainda são sabem’, expressa sua opinião sobre o pedido de desculpas de Zuckerberg. Segundo Angelini, o pedido não altera o cenário futuro das redes sociais, explicitando a intenção por trás do gesto do CEO do Facebook. Ela salienta a importância de reconhecer a realidade do impacto das redes sociais nos adolescentes e crianças em audiências como aquela nos EUA, globalizando o tema para fomentar discussões.
‘A legislação sobre as plataformas digitais sofre de lacunas significativas quando se trata da responsabilização das plataformas de um modo geral, especialmente no Brasil, apesar de ser um debate mundial‘, acrescenta Angelini. Ela destaca a necessidade urgente de medidas para proteger jovens em cenários digitais, com a expectativa de que as plataformas possam ser responsabilizadas pela omissão na proteção de quem as utiliza.
A advogada ressalta a importância de abordar a vulnerabilidade de crianças e adolescentes nas redes sociais, visando a efetiva proteção da saúde mental e da vida dos usuários mais jovens. Sua declaração evidencia a preocupação com o lucro das grandes empresas de tecnologia à custa do uso das redes sociais por crianças e adolescentes.
Ouça na íntegra o episódio
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O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Carol Lorencetti, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Sarah Resende.
Assista aos cortes do podcast O Assunto em vídeo
Fonte: G1 – Política
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