Estresse e ansiedade são sintomas do constante ritmo de trabalho em escala 6×1, onde a falta de pausas no processo de recuperação afeta a experiência profissional.
Com a saúde em primeiro lugar, a sociedade brasileira está cada vez mais atenta ao bem-estar dos trabalhadores. Nesse contexto, a proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada federal Erika Hilton ganhou destaque nas discussões nacionais. A proposta chama a atenção para a escala de trabalho conhecida como 6×1, que permite que funcionários trabalhem por seis dias seguidos, seguidos de apenas um dia de descanso.
Em um cenário marcado por mudanças, a saúde dos trabalhadores não deve ser esquecida. A saúde mental também é um aspecto crítico a ser considerado, especialmente quando se trata de ajustes nos horários de trabalho. Erika Hilton destaca a necessidade de se refletir sobre o impacto das escalas de trabalho na saúde dos profissionais. Com a saúde mental em jogo, a deputada federal busca garantir que a população tenha condições adequadas para o descanso, sem comprometer a produtividade.
Transformar a experiência profissional com o modelo 4×3
O debate em torno da escala de trabalho 6×1 e sua imprensa na saúde dos trabalhadores brasileiros ganhou força em 2023, após o influenciador digital Rick Azevedo compartilhar sua insatisfação com o modelo, considerando-o uma ‘escravidão moderna’. Ele argumentou que, ao trabalhar seis dias seguidos, sem pausas para descanso, o trabalhador se doa para a empresa, sem tempo para si mesmo ou familiares. A partir disso, Rick iniciou o movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que busca mudanças na legislação trabalhista para promover a saúde física e mental dos trabalhadores.
Consequências negativas da escala 6×1 na saúde mental
A escala 6×1 pode ter impactos devastadores na saúde mental dos trabalhadores. Segundo a psicóloga Denise Milk, especialista em comportamento organizacional, esse modelo de trabalho exaustivo limita drasticamente o tempo de descanso e de atividades pessoais, essenciais para a renovação das energias. Consequentemente, isso pode trazer sentimentos de irritação, ansiedade e até desmotivação, já que o tempo para recarregar e encontrar equilíbrio é reduzido. A falta de pausas adequadas, aliada ao ritmo constante, dificulta o prazer no trabalho e a sensação de realização. O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é essencial para o bem-estar.
O modelo 4×3: uma opção para a saúde mental
Segundo Denise, a implementação de uma escala de trabalho 4×3, em que o colaborador trabalha quatro dias e descansa três, pode transformar a experiência profissional dele, possibilitando uma série de benefícios tanto para o funcionário, quanto para a empresa. ‘Três dias consecutivos de descanso permitem um processo mais profundo de recuperação emocional e mental. Esse intervalo favorece um desligamento saudável das pressões do dia a dia, proporcionando ao trabalhador um tempo necessário para reenergizar-se e fortalecer-se emocionalmente. Ao retornar ao trabalho, ele tende a estar mais disposto, motivado e produtivo, elevando o nível de qualidade nas entregas e nas interações com a equipe.’ A psicóloga reforça que essa escala 4×3 pode favorecer o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional do indivíduo, permitindo que o colaborador se dedique a atividades que promovem o bem-estar. Esse equilíbrio reflete positivamente em sua saúde mental e satisfação, fatores fundamentais para um bom desempenho e produtividade.
Fonte: @ Minha Vida
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