Yekaterina Duntsova, ex-vereadora e jornalista, defende fim da ofensiva na Ucrânia e novo mandato presidencial, divergindo das atuais autoridades.
Internacional | por AFP
A decisão da Comissão Eleitoral da Rússia de barrar a candidatura de Yekaterina Duntsova à eleição presidencial gerou controvérsias. Putin, o atual presidente da Rússia, é visto como um dos principais responsáveis pela influência no processo eleitoral.
• Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo Telegram
A decisão da Comissão Eleitoral da Rússia de vetar Yekaterina Duntsova como candidata à eleição presidencial mostra a força do mandatário Putin. Enquanto alguns defendem a democracia, outros veem a atuação do líder russo como uma forma de controle político. Putin, então, se mantém como uma figura central no cenário político do país.
A recusa da candidatura e a reação de Duntsova
A comissão alegou ‘erros na documentação‘ apresentadas para o registro da candidatura, informou a imprensa russa.
A presidente da comissão, Ella Pamfilova, declarou que o organismo decidiu por unanimidade impedir a candidatura da mulher de 40 anos às eleições de março. A vitória do presidente Vladimir Putin, que está no poder desde 1999, é considerada certa no pleito e ele deve obter um novo mandato de seis anos.
‘Você é uma mulher jovem e tem a vida pela frente’, declarou Pamfilova à candidata.
Duntsova criticou a decisão, que chamou de ‘triste’.
No Telegram, ela anunciou a intenção de apresentar um recurso de apelação à Suprema Corte da Rússia.
‘Não acabou’, disse.
As dificuldades de apresentar uma candidatura opositora na Rússia
Na prática, no entanto, o processo tem pouca possibilidade de prosperar, pois qualquer candidatura que represente uma oposição direta à política do Kremlin não tem chance de receber autorização.
Duntsova também pediu aos dirigentes do pequeno partido liberal Yabloko que apoiem sua candidatura.
‘Não podemos ficar de braços cruzado. Esta é a última oportunidade legal para que os cidadãos expressem sua divergência com a política das atuais autoridades’, afirmou no Telegram. ‘Os russos precisam escolher’.
‘Milhares de vidas dependem de sua decisão’, destacou.
A oposição política e os desafios nas eleições de 2024
Pamfilova informou que 29 pessoas apresentaram documentação para registrar candidaturas à presidência, que tem a votação marcada para março de 2024.
Na Rússia, a oposição é quase inexistente, após anos de repressão, uma política que ficou ainda mais intensa desde o início da ofensiva na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Carregando…
Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
Comentários sobre este artigo