Especialistas alertam que a crise de segurança pública pode piorar com saques, violência e desastres climáticos.
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A situação de emergência provocada pelos deslizamentos em Minas Gerais gerou um ambiente propício para o aumento da violência, não se limitando aos roubos em residências desocupadas, ao roubo de mantimentos destinados às vítimas e aos incidentes de confrontos nos abrigos. De acordo com analistas de segurança, há o temor de que a violência se intensifique no decorrer do tempo.
Em meio ao caos causado pelas inundações em Pernambuco, as autoridades locais estão preocupadas com o aumento da criminalidade e dos conflitos entre os desabrigados, o que pode agravar ainda mais a situação já delicada. A população precisa de apoio urgente para evitar que a violência se torne ainda mais descontrolada.
Violência em meio a desastres climáticos
A violência é um tema recorrente em situações de crise, causada por desastres climáticos, como observado recentemente no Rio Grande do Sul. A secretaria de Segurança Pública do estado está atenta a esse risco e estuda exemplos do impacto de desastres climáticos na segurança pública em todo o mundo. A criminalidade pode aumentar devido ao deslocamento de milhares de pessoas afetadas pelas chuvas, resultando em prejuízos incalculáveis à economia e ao aumento do desemprego.
Conflitos entre facções criminosas
No Rio Grande do Sul, as facções criminosas também foram afetadas pelas chuvas, sofrendo prejuízos e sendo deslocadas. Esse cenário pode levar as facções a buscarem reposição das perdas financeiras por meio de novos crimes, entrando em confronto com grupos rivais devido à mudança de território. Os saques a casas abandonadas durante as enchentes foram coordenados pela principal facção criminosa do estado, Os Manos, gerando preocupações com a segurança pública.
Desafios enfrentados pelas autoridades
As autoridades gaúchas aumentaram o patrulhamento em barcos após relatos de furto, resultando em uma redução nos casos de violência. Apesar de uma tendência de queda na quantidade de mortes violentas e crimes contra o patrimônio nos anos anteriores, houve um aumento nos homicídios dolosos em 2022, ligado à disputa de território entre facções criminosas. A preocupação é que a violência possa se agravar devido ao deslocamento de milhares de pessoas afetadas pelas chuvas.
Reestruturação das facções e aumento da violência
Especialistas alertam para a possibilidade de reestruturação das facções criminosas, tanto em termos de modalidades criminais quanto de disputa de território, o que poderia resultar em um aumento das taxas de homicídio. O anúncio da construção de ‘cidades temporárias’ para desabrigados levanta preocupações sobre a criação de novos focos de violência e criminalidade nas áreas afetadas pelas chuvas. A segurança pública continua sendo estudada de forma a antecipar e lidar com os desafios decorrentes dessas situações de crise.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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