Aumento de coágulos sanguíneos em veias profundas aumenta o risco de morte em pessoas com câncer hereditário e condições subjacentes, especialmente em trajetos longos.
A trombose é um problema grave que pode afetar qualquer pessoa, independentemente de idade ou condição de saúde. Ela ocorre quando um coágulo sanguíneo se forma em uma veia e dificulta o fluxo de sangue, podendo até levar a uma embolia pulmonar.
Esses coágulos podem ser extremamente perigosos, pois podem deslocar-se e causar danos irreparáveis aos órgãos. Além disso, a trombose pode ser um sinal de outros problemas de saúde mais graves. É fundamental buscar atendimento médico imediatamente após notar sintomas como dor e inchaço nas pernas ou pés, pois esses podem ser sinais de uma trombose em desenvolvimento. A trombose pode ser evitada com um estilo de vida saudável, evitando o tabagismo e praticando exercícios regulares. Se você ou alguém que você conhece passa por esse problema, é essencial agir rapidamente para evitar complicações, como uma embolia pulmonar, que pode ser fatal.
Trombose: o risco silencioso nas viagens longas
A Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH) estima que o Brasil registre anualmente mais de 200 mil episódios de trombose. A International Society on Thrombosis and Haemostasis (ISTH) afirma que uma em cada quatro pessoas morre anualmente devido a doenças relacionadas à trombose. Durante as férias, é fundamental lembrar que viagens prolongadas aumentam o risco de trombose e embolia, pois a imobilidade interfere no fluxo venoso das pernas, levando ao acúmulo de sangue nas veias.
A pressão exercida pelo assento na área poplítea (região atrás do joelho) agravará a estase venosa, aumentando a probabilidade de formação de coágulo sanguíneo. Em voos de mais de quatro horas, a hipóxia hipobárica ou de altitude pode ocasionar tromboembolismo venoso, especialmente em indivíduos com fatores preexistentes, como distúrbios de coagulação, uso de estrogênio, obesidade, gravidez, cirurgia ou trauma recente, consumo abusivo de álcool, remédios para dormir e histórico de trombose.
Sintomas, diagnóstico e tratamento
A trombose venosa profunda pode causar inchaço, vermelhidão e desconforto local, além de sensação de peso na perna afetada, aumento da temperatura local e veias superficiais dilatadas. Em casos mais graves, podem ocorrer febre leve, falta de ar intensa e súbita, dor torácica ou hemoptise (tosse com sangue). A embolia pulmonar é indicativa de sintomas como falta de ar intensa e súbita, dor torácica ou hemoptise.
A incidência de trombose nas pernas é maior em comparação com outras partes do corpo. Geralmente, se inicia nas veias da panturrilha, mas pode se estender para as veias proximais, aumentando exponencialmente a chance de embolia pulmonar. O tratamento clínico da trombose visa prevenir a embolia pulmonar e outras complicações.
A terapia principal consiste em ministrar anticoagulantes, iniciando com os injetáveis (heparina) e transição para medicamentos orais. Eles são mantidos entre três e seis meses, mas a duração pode ser estendida, dependendo de condições subjacentes, como câncer ou trombofilias hereditárias. Em casos de instabilidade hemodinâmica (desequilíbrio do sistema circulatório) ou risco elevado de embolia, o médico deve sugerir a trombólise, injeção de substância para dissolver o coágulo e restaurar o fluxo sanguíneo.
O tema da trombose é relevante e as atualizações são dinâmicas, influenciando as estatísticas. No próximo Congresso da SOCESP, várias mesas de debates abordarão as novidades da área que podem salvar vidas e impactar positivamente.
Medidas de prevenção
Durante as viagens longas, calçar meias elásticas de compressão graduada é indicado para aqueles mais suscetíveis, mas o uso das meias requer orientação para não haver garroteamento dos membros. Exercícios de alongamento e a manutenção de um estilo de vida saudável podem ajudar a reduzir o risco de trombose.
Fonte: @ Veja Abril
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