Ricos endinheiram novos fundos multimercados, deslocando ações. Ibovespa queda, Selic futuro temor. Banco Central ritmo, cortes Selic. Investidores admitivel, parcimonia. Conservador setor: renda fixa, outros ativos. Alocação: multimercados, risco baixo, imobiliarios, previdencia, FIIs. Ativos: conservadores versus riscos.
O mês de abril foi marcado por uma nova queda do Ibovespa e por uma preocupação ainda mais latente com o futuro da Selic. Os ricos investidores observaram atentamente as oscilações do mercado, buscando estratégias para proteger seus investimentos em meio à volatilidade.
Enquanto isso, as pessoas com grande patrimônio acompanhavam de perto as notícias econômicas, avaliando as possíveis repercussões em seus portfólios. A incerteza gerada pelas mudanças na política monetária impactou diretamente as decisões de investidores em busca de segurança financeira.
Os ricos e seus investimentos
Nova queda Ibovespa temor no futuro dos investidores ricos. Com isso, a postura admissível de mais parcimônia se fez presente. Na cartera de ricos, os fundos multimercados ganharam terreno, mas a renda fixa continua soberana, conforme aponta o levantamento mensal da Smartbrain. Entre as ações preferidas desse público, destacam-se papéis de setores conservadores, como o financeiro e de prestadoras de serviços, que mantêm sua trajetória ascendente.
A pesquisa é realizada com base na plataforma da empresa, que analisa diariamente mais de 340 mil extratos de investimentos, totalizando mais de R$ 250 bilhões de patrimônio analisado. O estudo observa a carteira de investidores ricos em diferentes segmentos, incluindo aqueles com grande patrimônio.
Com a recente queda da bolsa, a alocação dos investidores ricos em ações diminuiu. Em março, representavam 10,19% do portfólio, enquanto em abril passaram a ser 9,46%. Outros ativos de risco também perderam espaço nesse período.
A fatia da carteira dos ricos exposta à categoria ‘outros’ diminuiu, saindo de 5,99% para 4,72%. Por outro lado, os fundos multimercado ampliaram sua participação, passando de 34,64% para 36,71% da carteira.
Esses ativos representam uma forma de os investidores se exporem ao risco de maneira parcimoniosa, visto que esses fundos podem conter tanto ativos mais arriscados, como ações, quanto ativos mais conservadores, como títulos públicos.
Apesar da queda da Selic, a renda fixa continua dominante na carteira dos ricos em abril, representando 40,54% do portfólio. A expectativa de um ritmo mais lento nos cortes Selic contribui para manter a atratividade desses ativos, cujos rendimentos estão atrelados à taxa básica de juros.
A exposição dos ricos aos fundos imobiliários e aos ativos de previdência permaneceu estável na transição de março para abril. Os FIIs representavam 2,08% e passaram a ser 2,01%, enquanto a previdência era 6,82% e passou a ser 6,56%.
As ações favoritas dos mais ricos mantêm um viés conservador, com os setores financeiro, de exportadoras de commodities e de prestadoras de serviços liderando as escolhas. No segmento das ‘utilities’, as preferidas em abril são as empresas de energia Eletrobras, CPFL Energia e Copel, além da companhia de telecomunicações Telefônica. Essas empresas, por prestarem serviços essenciais, são consideradas menos afetadas em períodos de crise, o que as torna opções mais conservadoras para os investidores ricos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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