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30 anos da conquista do Tetra pela seleção brasileira, com lesão muscular de Ricardo na coxa esquerda, agregando à comissão técnica.
Faltavam quase 20 minutos para acabar a partida de estreia do Brasil na Copa do Mundo de 1994, contra a Rússia, quando Ricardo Rocha precisou ser substituído por uma lesão. O zagueiro era titular da equipe e teve de dar lugar a Aldair. As notícias seguintes não foram boas, mas a torcida continuou apoiando a seleção.
Ricardo Rocha, mesmo fora do jogo, permaneceu como uma inspiração para seus companheiros. A garra e determinação do zagueiro motivaram a equipe a lutar até o último minuto. A partida terminou com a vitória do Brasil, mostrando a força e união do time em momentos difíceis. A presença de Ricardo Rocha foi fundamental para manter o espírito da seleção elevado.
Ricardo Rocha e sua Importância na Copa do Mundo de 1994
Foi diagnosticada uma distensão muscular na coxa esquerda de Ricardo, o que o impediu de participar do restante da competição. Embora pudesse ter sido excluído da equipe, jogadores e a comissão técnica optaram por mantê-lo no grupo. O zagueiro desempenhou um papel de agregador, incentivando e dando suporte ao time.
Ricardo Rocha teve uma breve atuação de apenas 69 minutos naquela Copa, mas ainda assim é reconhecido como um dos principais responsáveis pelo Tetra. Essa afirmação vem de alguns de seus próprios colegas de equipe. Os elogios ao desempenho do zagueiro foram feitos durante a série ‘Tetra Pelo Tetra’, que celebra os 30 anos do título e está disponível no Disney+.
‘Se trouxermos aquela Copa para os dias atuais, não teríamos o Ricardo Rocha, pois o pensamento atual é muito imediatista. Se o jogador está apto para jogar hoje, ele joga; caso contrário, não joga’, comentou Romário. ‘Ricardo sofreu uma lesão no primeiro jogo e havia dúvidas na comissão técnica sobre sua permanência’, acrescentou.
A relevância de Ricardo Rocha se evidenciou no dia a dia, seja por meio de conselhos, apoio ou até mesmo humor. ‘Minha relação com o Zagallo nunca foi das melhores. Ricardo teve um papel fundamental em me aproximar mais dele. Muitas vezes, eu estava frustrado e queria desabafar, mas em prol da seleção, me contive. No entanto, recorria ao Ricardo para extravasar’, revelou Romário.
Após três décadas da conquista da Copa do Mundo de 1994, a série ‘Tetra Pelo Tetra’ oferece uma perspectiva única sobre o feito, contada a partir da visão de Zinho em sete episódios com participações de sete de seus colegas de equipe: Ricardo Rocha, Romário, Bebeto, Branco, Jorginho, Parreira e Mauro Silva. Todos os episódios já estão disponíveis no Disney+.
O zagueiro reconhece a importância de seu papel. Desde o momento da lesão, ele determinou qual seria sua contribuição dali em diante, tudo baseado em um conselho de sua mãe. ‘Estava indo muito bem, mas então me machuquei. Senti o estiramento e sabia da gravidade naquele instante. Chorei bastante. Estava no quarto com Márcio Santos, permiti que ele dormisse e fui ao banheiro desabafar’, compartilhou.
‘Eu já estava ciente da lesão. Meu receio era de prejudicar mais um zagueiro. Conversei com Parreira, que garantiu que eu era importante para o grupo. Foi ali que surgiu um novo Ricardo. Zagallo também me tranquilizou, destacando minha relevância na preparação para a Copa do Mundo’, acrescentou.
‘Essa atitude vem da minha mãe. Ela sempre dizia: ‘Quando estiver triste, saia!’. E quando me machuco, isso ecoa em minha mente. ‘Se está bem, fique’. Essas palavras sempre me impulsionaram’, concluiu Ricardo Rocha, um dos heróis do Tetra.
Fonte: @ ESPN
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