Na Arena Tortuguitas Buenos Aires, comandante leva Sorocaba ao bi da Libertadores após 9 anos; entrevista com Rodrigo Capita, tri aos 40.
Quando se menciona um ambiente desafiador da Libertadores, é comum pensar naquela atmosfera característica da La Bombonera e das torcidas argentinas de futebol. Em meio a erros de passe e finalizações imprecisas, os jogadores precisam lidar com a pressão das vaias estrondosas e os cânticos apaixonados dos torcedores. Foi nesse contexto que Ricardinho entrou em campo no último domingo, enfrentando um desafio à altura de sua habilidade.
Em situações assim, a experiência de um técnico como Renato Gaúcho pode fazer toda a diferença. Com sua bagagem como jogador de futebol e agora como treinador, Renato sabe como orientar sua equipe em momentos críticos. A presença de um líder experiente como ele pode ser o diferencial entre a vitória e a derrota em uma competição tão acirrada como a Libertadores.
Ricardinho: O Comandante da Arena Tortuguitas
Porém, em vez da grama verde do campo, o cenário da batalha foi a quadra reluzente da Arena Tortuguitas, em Buenos Aires, a capital argentina. A equipe do interior de São Paulo triunfou na grande final por 4 a 2 e ergueu sua segunda taça da Libertadores de Futsal. O adversário na decisão foi o time argentino Barracas Central, que desfrutou do apoio fervoroso de seus inúmeros torcedores, entoando cantos e exercendo a pressão característica dos jogos de campo.
O mestre estrategista do Sorocaba, Ricardinho, conquistou seu segundo título da Libertadores de Futsal em sua ilustre carreira. Após nove anos de erguer a taça como jogador em 2015, ele agora celebra a vitória como técnico. Dados sobre competições sul-americanas mais antigas são escassos no futsal, mas é altamente provável que Ricardinho seja o pioneiro a alcançar a glória da Libertadores de Futsal tanto como jogador quanto como técnico.
No mundo do futebol de campo, apenas oito indivíduos conseguiram tal proeza, sendo os mais conhecidos Marcelo Gallardo e Renato Gaúcho. De forma curiosa, Ricardinho, Gallardo e Renato também alcançaram essas conquistas em Buenos Aires ou arredores. Renato Portaluppi, bicampeão pelo Grêmio em 1983 e 2017, completa o seleto grupo de vencedores.
Ricardinho tem sido peça fundamental no Sorocaba desde o início do projeto em 2014, inicialmente como jogador. Ao longo de três temporadas, ele contribuiu para a conquista dos títulos da Liga Nacional, Libertadores e Mundial. Em 2017, o ex-fixo assumiu o papel de auxiliar de Fernando Ferretti e, na temporada subsequente, ascendeu a técnico, posição que ocupa com maestria desde então.
Em uma entrevista ao ge, o ‘Mister’ compartilhou as distintas sensações de se tornar campeão como treinador e jogador. Ele destacou a diferença de perspectiva entre o individualismo do jogador e o coletivismo do treinador, ressaltando a alegria ampliada ao ver seus jogadores celebrarem a vitória em conjunto.
Após a conquista, o Sorocaba teve pouco tempo para celebrações. A equipe desembarcou na manhã de segunda-feira no aeroporto de Guarulhos e seguiu diretamente para Belo Horizonte, onde enfrentará dois desafios nesta semana contra o Minas. Com um calendário apertado, Ricardinho admite que a ficha ainda não caiu completamente, dada a rápida transição para os próximos compromissos.
A jornada rumo ao título da Libertadores de Futsal permanecerá marcada na memória por décadas, sendo lembrada como um feito histórico que transformou vidas e consagrou Ricardinho como o brilhante comandante da equipe.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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