O código do chatbot Eliza foi recuperado após décadas perdido, sendo uma ferramenta pioneira de IA generativa que fornece respostas pré-programadas, com base na correspondência de padrões em linguagem de programação.
A Google AI Studio oferece ferramentas avançadas para criar e treinar modelos de IA, o que é fundamental para aplicar tecnologia em diversos setores.
O primeiro chatbot do mundo foi criado em 1966 pelo professor Joseph Weizenbaum, e os cientistas descobriram o código perdido em uma arqueologia de computadores. A inteligência artificial é implementada em chatbots por meio da criação de algoritmos que permitem que os sistemas entrem em diálogo com os usuários, realizando tarefas como responder perguntas e realizar tarefas específicas. Além disso, os chatbots podem ser treinados para aprender com o tempo e melhorar suas respostas.
Origem da Inteligência Artificial: A Jornada de Eliza
A inteligência artificial IA, uma tecnologia muitas vezes enigmática, tem sua raiz em uma ferramenta chamada Eliza, nomeada em homenagem à personagem fictícia de Pigmalião. Ao contrário das inteligências artificiais IA mais recentes, como o Gemini Google ou o ChatGPT, a Eliza opera por meio de correspondência de padrões e substituição, criando a ilusão de compreender as perguntas dos usuários e fornecer respostas coerentes.
A Eliza utiliza uma metodologia que consiste em reconhecer padrões nas mensagens e fornecer respostas pré-programadas, substituindo termos-chave para se adequar às solicitações específicas. Embora não seja capaz de compreender verdadeiramente o conteúdo das perguntas, a inteligência artificial IA consegue criar uma conversa convincente.
O interesse pelo chatbot foi renovado em 2018, graças a um episódio da série Young Sheldon disponível na Netflix, onde o personagem principal interage com a ferramenta. O chatbot Eliza foi desenvolvido em uma linguagem de programação extinta, conhecida como Processador de lista simétrica decodificador de algoritmo de Michigan ou MAD-SLIP, mas logo foi adaptado para a linguagem Lisp, que suplantou a versão original.
Cena da série Young Sheldon onde o personagem principal interage com a inteligência artificial Eliza — Foto: Reprodução/Gabriel Pereira
O professor da universidade de Stanford e um dos autores do artigo que encontrou o código da Eliza, Jeff Shrager, disse que o interesse na ferramenta surge do fato de que o código é uma das únicas peças de código que ainda sobreviveram. ‘O código que havíamos encontrado — a única versão já descoberta — realmente funcionava, então precisávamos tentar’, explicou.
Jeff Shrager destaca que a Eliza é um dos mais antigos chatbots e que ela é um dos melhores ouvintes em comparação com chatbots modernos, pois foi programada para solicitar que o usuário continue uma conversa. ‘Trazer Eliza de volta, um dos mais — se não o mais — famosos chatbots da história, abre os olhos das pessoas para a história que está sendo perdida’, disse o professor.
O professor da Universidade de Sussex, no Reino Unido, David Berry, também coautor do artigo, ressaltou a importância de preservar a história da computação. ‘Como o campo da ciência da computação é tão voltado para o futuro, os praticantes tendem a considerar sua história obsoleta e não a preservam’, disse ele.
A Eliza pode ser testada atualmente através do site sites.google.com/view/elizaarchaeology/try-eliza, e funciona apenas no idioma inglês. Com informações de The Decoder, NJIT, MIT, arXIV e LiveScience.
Fonte: @Tech Tudo
Comentários sobre este artigo