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Residentes furiosos enfrentam miséria de saneamento em enclave empobrecido pela guerra, crise após outra.
As máquinas escavadoras reviram montes de resíduos, mas os moradores indignados encontram pouco alívio enquanto seus filhos reviram o lixo nas ruas de Gaza, em meio a uma crescente crise de saneamento que agrava a miséria da guerra. ‘Não conseguimos descansar, não podemos nos alimentar, não podemos beber, o cheiro está nos sufocando’, relatou Ahmed Shaloula, um dos muitos palestinos deslocados, natural da Cidade de Gaza e residente em Khan Younis. Os palestinos têm enfrentado uma crise atrás da outra desde o início do conflito entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, em outubro.
A situação é ainda mais grave devido à acumulação de detritos nas ruas, tornando a vida dos moradores ainda mais difícil. A falta de infraestrutura adequada para lidar com os resíduos e o lixo está contribuindo para a proliferação de doenças e a degradação do ambiente. É urgente que sejam implementadas medidas eficazes para lidar com essa crise de saneamento e garantir condições de vida dignas para a população afetada. A comunidade internacional precisa se mobilizar para oferecer apoio e soluções sustentáveis para a gestão dos dejetos na região de Gaza.
Acúmulo de Resíduos em Enclave Empobrecido Causa Revolta Entre Residentes Furiosos
Além dos ataques aéreos israelenses, dos bombardeamentos e de uma ofensiva terrestre, os palestinianos enfrentam uma crise de saneamento que agrava a situação já precária. O lixo, detritos e dejetos estão se acumulando no enclave empobrecido, um dos lugares mais densamente povoados do mundo, que foi reduzido a escombros. A população local está furiosa com a falta de ação das autoridades para lidar com a questão.
À noite, os residentes ficam acordados lutando contra os mosquitos e algumas pessoas contraem doenças como a sarna, relatou Shaloula, um dos moradores afetados pela crise. A miséria se espalha rapidamente, enquanto a falta de alimentos, combustível, água potável, medicamentos e hospitais em funcionamento agrava a situação.
‘Pedimos ao município de Khan Younis que tome medidas urgentes para remover os resíduos que estão se acumulando nas ruas’, clamou um dos líderes comunitários. No entanto, a resposta dos serviços governamentais tem sido insuficiente, deixando os residentes ainda mais frustrados com a situação.
A cidade de Khan Younis, a segunda maior de Gaza, com 2,3 milhões de habitantes, enfrenta uma crise após outra, desde o início da guerra. A escassez de combustível e os danos causados pelos conflitos tornaram o problema dos resíduos ainda mais grave.
O responsável pela remoção de resíduos sólidos no município, Omar Matar, alertou para as consequências do acúmulo de lixo. ‘A acumulação de resíduos tem provocado maus cheiros, a proliferação de insetos e roedores, além do vazamento de líquidos dos resíduos para o reservatório subterrâneo de água’, explicou.
O reservatório, principal fonte de água potável para os moradores, corre o risco de contaminação devido à má gestão dos resíduos. A falta de água potável já é uma realidade em grande parte de Gaza, aumentando a vulnerabilidade da população à crise de saneamento.
‘Esta área de despejo não foi projetada corretamente para evitar o vazamento de resíduos líquidos nas águas subterrâneas’, ressaltou Matar. A situação se agrava com a falta de infraestrutura adequada para lidar com os resíduos, deixando os residentes em uma situação cada vez mais precária.
Enquanto a comunidade internacional debate soluções para a crise, os moradores de Khan Younis continuam enfrentando os desafios diários decorrentes do acúmulo de resíduos. A urgência da situação exige ação imediata para evitar uma catástrofe humanitária ainda maior.
Fonte: @ CNN Brasil
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