Rede varejista, pré-aprovada, negocia reperfilamento de dívidas bancárias com BB e Bradesco, economiza R$ 400 milhões, flexibiliza caixa; termos: reperfilamento, débito, acordo pré-aprovado, prazo, de amortização, custo médio, CDI, juros, principal, converção em equity, linha de crédito.
A Casas Bahia realizou uma negociação significativa para o reperfilamento de débito bancário, garantindo economia de R$ 1,5 bilhão em seu fluxo de caixa em 2022. Esse novo método de reestruturação de dívidas, aprovado previamente, contempla o total de R$ 4,1 bilhões em endividamento da empresa varejista, alongando o prazo médio de pagamento de 22 para 72 meses.
Essa iniciativa da Casas Bahia demonstra a importância estratégica do refinanciamento de débito para a saúde financeira das empresas, garantindo a sustentabilidade de suas operações a longo prazo. O acordo promove não apenas a redução imediata da pressão financeira, mas também possibilita investimentos em novas oportunidades de crescimento e inovação no mercado.
Casas Bahia adota reperfilamento de débito para obter economia significativa
Na negociação, o custo médio de CDI + 2,7% foi reduzido em 1,5 ponto percentual, para CDI + 1,2%. A economia com esse reperfilamento de débito é de R$ 400 milhões no período. A solução passa a ser definitiva para o problema de desembolso anual da Casas Bahia.
Em fevereiro deste ano, a Casas Bahia anunciou uma renegociação de R$ 1,5 bilhão de dívidas que venciam em 2024 e 2025, e ganhou, naquele momento e de modo paliativo, um fôlego extra para tocar o seu plano de reestruturação. A partir de agora, o plano é definitivo e o próximo pagamento de pouco mais de R$ 250 milhões acontece somente em 2026.
A importância da reestruturação de débito para a Casas Bahia
E como a negociação foi de alongamento e não de corte da dívida, a alavancagem permanece a mesma, de 0,9 vez. ‘Todo ano tínhamos um muro de cerca de R$ 1 bilhão. Era apertado e tirava o foco da parte operacional. A preocupação era o próximo vencimento. Agora, vamos focar na operação’, afirma Renato Franklin, CEO da Casas Bahia, ao NeoFeed.
A operação de reperfilamento de débito está restrita apenas às séries 6, 7, 8 e 9 de debêntures e às Cédulas de Crédito Bancário (CCB) de Bradesco e Banco do Brasil. Esse endividamento todo será empacotado em uma debênture de duas séries, em um total de R$ 4,1 bilhões. Nessas quatro debêntures, a Casas Bahia tinha um total de R$ 1,3 bilhão emitidos.
Os credores desses títulos serão alocados nas duas séries. A cada R$ 100, 37% ficarão dentro da série 1, que vai pagar CDI + 1,5%, e 63% na série 2, que vai pagar CDI + 1%. A diferença vai além do prêmio: juros e principal da segunda série serão pagos no vencimento em novembro de 2030. Bradesco e Banco do Brasil tinham R$ 2,2 bilhões em crédito corporativo e R$ 500 milhões com as assets.
O refinanciamento de débito como estratégia para a Casas Bahia
Os bancos também entrarão como credores dessa nova debênture, mas poderão converter a dívida em equity em um prazo de 18 a 36 meses com um desconto de 20% no preço médio de uma janela de negociação de 90 dias da ação.
Essa condição ao credor parceiro pode ser estendida a qualquer um que abra uma linha de crédito para a Casas Bahia com ‘dinheiro novo’ nas condições semelhantes às acertadas com os bancos. ‘Essa renegociação não impacta fornecedores e seguradoras. São apenas os credores financeiros. A companhia passa a ter mais caixa e ganha flexibilidade’, diz Franklin.
‘Colocamos 80% da dívida para 2030.’ O instrumento que será usado nesse reperfilamento de débito da Casas Bahia é um modelo inédito de recuperação extrajudicial pré-aprovada. Isso só foi possível porque Banco do Brasil e Bradesco detêm, juntos, quase 67% do endividamento.
A concordância dos principais credores, o modelo simplificado (sem haircut) não devem impedir a aprovação da Justiça no prazo de sete dias. Mas a emissão da nova debênture tem um prazo de 30 dias como proteção contra pedidos de impugnação.
‘Mesmo se o cenário macroeconômico ficar desafiador, teremos tranquilidade para colocar o nosso plano de transformação em prática e gerar resultados a partir do ano que vem’, afirma o CEO da Casas Bahia.
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo