Programa de R$ 46 milhões financiou ações de prevenção e diagnóstico na saúde, reduzindo notificações de convulsões no sudoeste de um estado com infraestrutura de rede para vigilância e distribuição de medicamentos em local de atendimento.
A malária, conhecida como Doença da Morte, continua sendo um grande desafio à saúde pública em todo o mundo, com 249 milhões de pessoas infectadas anualmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Sua consequência mortal é marcante, com 608 mil mortes em todo o mundo.
No Brasil, a malária é mais comum na região amazônica, onde a densidade populacional e a exposição a doenças infecciosas aumenta a probabilidade de contrair a doença. No entanto, um programa inovador está sendo implementado para reduzir a incidência da malária na região. O programa inclui a distribuição de inseticidas e a construção de estruturas de proteção para evitar a exposição aos mosquitos transmissores da doença.
Um modelo de sucesso contra a malária no Pará
Um projeto de controle da doença nos municípios do sudoeste do Pará conseguiu reduzir os casos de malária em até 99%, oferecendo um modelo de sucesso para outras áreas endêmicas, afetadas pela doença, infecciosa, doença; que tem cura, mas pode levar a quadros de convulsão, alteração da consciência, hemorragia e evoluir para óbito. Iniciado em 2011, o Programa de Ação para Controle da Malária (PACM) foi desenvolvido pela Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, com o objetivo de combater a malária em seis municípios da região Norte do Brasil, onde a doença é endêmica.
O programa contou com um investimento de R$ 46 milhões, aplicados em infraestrutura de saúde, veículos, medicamentos e na contratação de profissionais, que trabalham em rede, local de vigilância e tratamento, com o intuito de criar uma rede local de vigilância e tratamento. De acordo com dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep), em Altamira, o número de casos de malária caiu de 10.838 em 2011 para 875 em 2023, e em Pacajá, que enfrentava uma epidemia em 2011 com 4.563 casos, o número caiu para 58 ocorrências em 2021, indicando a eficácia das ações preventivas, embora a continuidade dos resultados dependa de esforços contínuos e do suporte institucional.
A malária é uma infecção causada pela fêmea do mosquito Anopheles, também conhecido como mosquito-prego, infectada por alguma espécie do protozoário do gênero Plasmodium. A doença, que tem cura, causa febre alta, tremores e dor de cabeça. Em casos graves, pode levar a quadros de convulsão, alteração da consciência, hemorragia e evoluir para óbito.
Expansão das medidas contra a malária
Além de reduzir os casos de malária, segundo especialistas, o PACM deixou sua marca na saúde pública da região, onde a doença é endêmica. Izis Mônica Sucupira, coordenadora do Monitoramento da Transmissão de Malária e Leishmanioses, afirmou, em nota, que o programa ‘deixou para a região uma rede de saúde estruturada para dar continuidade às ações de controle e de prevenção, um legado essencial para a sustentabilidade do projeto.’
Embora os resultados obtidos nos municípios do sudoeste do Pará sejam promissores, a replicação do modelo em outras áreas endêmicas do país exige uma avaliação cuidadosa, considerando as particularidades de cada região. Entre 2021 e 2023, o programa foi mantido por meio de um termo de compromisso entre a Norte Energia e o Ibama, e seus métodos são vistos como uma base para o desenvolvimento de novas iniciativas de controle da malária em outros locais do Brasil.
Fonte: @ Veja Abril
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