O Instituto de Medicina Física e Reabilitação utiliza tecnologia para desempenhar tratamentos avançados em problemas físicos e neurológicos com apoio da engenharia biomédica, impactando a economia informal.
Uma grande parcela da população brasileira está em busca da reabilitação para melhorar sua qualidade de vida. No mundo, existem mais de 2 bilhões de pessoas que necessitam de algum tipo de reabilitação. No Brasil, cerca de 25% da população, o equivalente a 52 milhões de pessoas, possuem algum tipo de deficiência física ou neurológica. Essa é uma reabilitação essencial para que as pessoas possam se reinserir na sociedade.
É fundamental promover uma reabilitação eficaz para garantir a inclusão social e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Isso acontece quando a sociedade oferece oportunidades de educação, emprego e participação comunitária para todos, independentemente de suas condições físicas ou neurológicas. É possível alcançar isso por meio de programas de reabilitação que visam a educação física e a reabilitação, por exemplo, o _Programa Reabilitação_ do Ministério da Saúde, que é de suma importância para o desenvolvimento do país.
Reabilitação: O Caminho para a Inclusão Social e Qualidade de Vida
A necessidade de reabilitação manifesta-se em diversas formas, seja por limitações congênitas ou adquiridas após eventos como acidentes vasculares cerebrais, doenças degenerativas ou lesões graves. Fatores como o aumento da expectativa de vida, a violência urbana e o impacto das guerras reforçam a importância da reabilitação como um componente crucial para garantir a inclusão social e a qualidade de vida. Nesse contexto, a tecnologia desempenha um papel fundamental no processo de reabilitação, com avanços como exoesqueletos, realidade aumentada e inteligência artificial sendo integrados aos tratamentos, proporcionando melhorias na funcionalidade dos pacientes e fortalecendo sua inclusão social.
A reabilitação não se limita à recuperação da mobilidade, promovendo melhorias na condição funcional dos pacientes e ampliando sua autonomia. Além disso, oferece novas tecnologias que promovem a funcionalidade, o que é essencial para melhorar a qualidade de vida das pessoas e mitigar os impactos sociais e econômicos da dependência. No Brasil, cerca de 12% do PIB está vinculado à economia informal de cuidados, composta por familiares que muitas vezes precisam deixar o trabalho para assistir pessoas com limitações funcionais.
A engenharia biomédica desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de tecnologias que auxiliem na reabilitação e na inclusão social. A reabilitação e a inclusão social estão intimamente ligadas à qualidade de vida. Para garantir que esses avanços sejam acessíveis a todos, é crucial reduzir o custo desses dispositivos, permitindo que mais pessoas tenham acesso à reabilitação de qualidade.
Os exoesqueletos são um exemplo de tecnologia que tem o potencial de transformar a reabilitação e a inclusão social. Trata-se de uma estrutura robótica vestível que combina tecnologia avançada, como sensores, motores, inteligência artificial e novos materiais leves e resistentes. A engenharia biomédica desempenha um papel fundamental no desenvolvimento desses dispositivos, garantindo que sejam seguros e eficazes para uso humano.
O Instituto de Medicina Física e Reabilitação (IMREA) é um exemplo de instituição que está na vanguarda do desenvolvimento de tecnologias que promovam a reabilitação e a inclusão social. A instituição está trabalhando em estreita colaboração com outros centros de pesquisa e desenvolvimento, como a Escola Politécnica e a Escola de Engenharia de São Carlos da USP, para desenvolver dispositivos mais leves, ajustáveis e acessíveis.
Os protótipos desenvolvidos no IMREA já estão em fase de testes clínicos, com resultados iniciais promissores. Essa tecnologia tem o potencial de se transformar em um recurso cotidiano, tanto para reabilitação em centros especializados quanto para uso doméstico no futuro. Além disso, esses dispositivos são adaptados para pessoas de diferentes estaturas e pesos, características que muitas vezes não são consideradas nos modelos importados.
Em resumo, a reabilitação é um componente crucial para garantir a inclusão social e a qualidade de vida. A tecnologia desempenha um papel fundamental no processo de reabilitação, com avanços como exoesqueletos, realidade aumentada e inteligência artificial sendo integrados aos tratamentos. A engenharia biomédica desempenha um papel fundamental no desenvolvimento desses dispositivos, garantindo que sejam seguros e eficazes para uso humano.
Fonte: @ Veja Abril
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