Discriminação em ambiente médico reativa traumas, gerando insegurança e sérios efeitos.
Combater o racismo em um contexto onde a prioridade é o acolhimento e a empatia é fundamental para garantir um ambiente saudável e inclusivo. Infelizmente, a realidade é que o racismo ainda está presente em diversos setores da sociedade, incluindo o campo da saúde, onde a confiança e o respeito mútuo deveriam ser primordiais.
É crucial reconhecer que a discriminação racial e o preconceito podem impactar diretamente a qualidade do atendimento e a saúde mental dos pacientes. Portanto, é essencial promover a conscientização e a educação para erradicar essas atitudes prejudiciais e construir um ambiente mais acolhedor e igualitário para todos. Juntos, podemos lutar contra o racismo e criar espaços onde a diversidade seja celebrada e respeitada.
O impacto do racismo no ambiente médico
Para ajudar a lidar e entender quais medidas tomar diante de uma situação tão séria quanto esta, o MinhaVida conversou com o psicólogo clínico Gustavo Ribeiro dos Santos. Veja abaixo o que pode e deve ser feito. Leia também: Criança quer alisar o cabelo por sofrer preconceito: como lidar?Como um crime de racismo cometido por um médico pode afetar o paciente psicologicamente?Gustavo explica que um crime de racismo cometido dentro de um consultório médico pode afetar seriamente o paciente, desencadeando traumas antigos e criando novos.
O impacto psicológico varia conforme a experiência individual do paciente e a gravidade da discriminação sofrida. Em muitos casos, o paciente pode se sentir desvalorizado e inseguro, o que pode afetar a confiança em futuros atendimentos médicos e até a disposição para buscar ajuda profissional. O racismo, quando ocorre no ambiente médico, pode causar sérios efeitos na saúde mental do paciente, reativando traumas antigos e gerando novos conflitos internos.
O que esse paciente pode fazer para lidar com o racismo que sofreu pelo profissional que o atendeu? Nestes casos, o psicólogo explica que é muito importante que o paciente busque apoio emocional através de amigos, familiares ou grupos de apoio que possam ajudá-lo a processar este tipo de experiência. Quando a pessoa se sentir pronta, procurar um psicólogo também pode ser fundamental para lidar com o trauma e reforçar a autoconfiança. A terapia oferece um espaço seguro para curar as feridas emocionais, e encontrar um profissional com quem o paciente se identifique, talvez com a mesma etnia, pode ser um passo importante para a recuperação do trauma, causado pelo racismo.
Além disso, medidas legais devem ser tomadas. O paciente que sofrer racismo em um consultório médico pode fazer uma denúncia através dos seguintes meios: CRM (Conselho Regional de Medicina): é possível fazer uma denúncia ao CRM do estado onde o médico atua Delegacia ou Ministério Público: o racismo é crime no Brasil desde 1989 (Lei nº 7.716/89). A denúncia pode ser feita formalmente em uma delegacia ou no Ministério Público Ouvidorias: em caso de atendimento em unidades de saúde públicas ou conveniadas, o paciente pode denunciar por meio da ouvidoria da instituição ou ao SUS através do site do Ministério da Saúde ou do número 136. Leia também: 5 situações em que o racismo está presente e muita gente não percebe.
Fonte: @ Minha Vida
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