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Índice Dow Jones e S&P 500 caem 2,60% e 3%, respectivamente, com receio de dados fracos de emprego e aversão ao risco generalizada.
As principais bolsas de valores de São Paulo encerraram o pregão com uma significativa queda, refletindo a preocupação com a instabilidade econômica global devido à crise política no Brasil que afetou o desempenho dos ativos.
Essa retração nos mercados financeiros locais impactou diretamente o setor de exportações, que enfrenta desafios diante da instabilidade cambial em meio à incerteza política.
Queda Acentuada nos Índices de Mercado
Ao término das transações, o índice Dow Jones experimentou uma queda significativa de 2,60%, alcançando 38.703,27 pontos; o S&P 500 registrou uma retração de 3%, atingindo 5.186,33 pontos; e o Nasdaq sofreu uma queda de 3,43%, chegando a 16.200,08 pontos. Esta é a maior queda do Dow Jones e do S&P 500 desde 13 de setembro de 2021, quando apresentaram declínios de 3,94% e 4,32%, respectivamente. A queda do Nasdaq é a mais pronunciada desde 24 de julho deste ano, quando despencou 3,64%.
O destaque negativo recaiu sobre as ações das grandes empresas de tecnologia, com a Nvidia caindo 6,36%, a Apple recuando 4,8% e a Amazon perdendo 4,10%. O Nasdaq chegou a sofrer uma queda superior a 6%, enquanto o S&P 500 teve seu pior desempenho desde setembro de 2022. O movimento de baixa foi gradualmente amenizado ao longo da sessão, após a divulgação de dados do setor de serviços que mostraram um avanço.
O índice de gerente de compras (PMI) de serviços dos EUA, medido pela S&P, apresentou uma leve retração para 55 em julho, em comparação com os 55,3 registrados em junho. Apesar desse recuo, o PMI permaneceu bem acima de 50, indicando expansão. O PMI composto teve um comportamento semelhante, diminuindo ligeiramente para 54,3 em julho, ante os 54,8 de junho.
Outro indicador que mede a atividade econômica no setor de serviços, o ISM, expandiu em julho, atingindo 51,4 pontos. Esse resultado indica a expansão do setor pela 47ª vez em 50 meses. A desconfiança nos mercados teve início na semana anterior, após os dados da atividade industrial de julho, medidos pelo ISM, e o relatório de empregos (‘payroll’), frustrarem as expectativas dos investidores. Esses dados aumentaram a probabilidade de um corte de 0,5 ponto percentual nas taxas de juros americanas.
Portanto, o movimento observado hoje é uma continuação da tendência da última sexta-feira, após uma sequência de dados de atividade mais fracos. Diego Chumah, gestor de bolsa do fundo ASA Hedge, destaca que o ‘payroll’ desencadeou um receio mais profundo de uma queda abrupta na atividade, resultando em uma diminuição generalizada do risco.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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