Aplicações líquidas: FIDCs e renda fixa lideram, enquanto multimercados realizam o maior resgate e ações apresentam a maior retirada anual. Isso incluindo descontando entradas em fundos de renda, previdência e ações, alterações regulatórias, isonomia e tributária. FIDs em direitos, créditos e grandes mudanças em fundos de investimento.
Os fundos de investimento tiveram uma movimentação líquida, desconsiderando o resgate, de R$ 40,1 bilhões em abril. Esse foi o quarto mês consecutivo em que o investimento superou os saques, totalizando captação líquida de R$ 150,8 bilhões no ano. Foi também a segunda maior entrada no ano, ficando atrás apenas de janeiro, quando essa modalidade de investimento recebeu aporte de R$ 52,1 bilhões.
A diversificação de fundos de investimentos é uma estratégia comum entre investidores que buscam maximizar seus ganhos. Além disso, a gestão profissional dos fundos pode proporcionar uma maior segurança e rentabilidade aos investidores, tornando-os uma opção atraente para quem busca ampliar seu portfólio de investimentos.
Captação recorde nos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs)
Os dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) revelam que, após a saída de R$ 127,8 bilhões do setor em 2023, a segunda maior da história dos fundos, houve um cenário de mudanças significativas. Com o início dos cortes de juros, a percepção de risco permaneceu elevada ao longo do ano, levando os investidores a buscar alternativas mais seguras.
As aplicações em títulos de renda fixa isentos de imposto de renda, como letras e certificados de crédito imobiliário e do agronegócio (LCI, LIG, CRI, LCA e CRA), se destacaram pela sua performance imbatível. A competição acirrada fez com que os investidores migrassem para esses papéis em busca de maior segurança e rentabilidade.
Em contrapartida, as mudanças regulatórias recentes trouxeram benefícios para os fundos de investimento. Com uma menor oferta de títulos isentos, os investidores passaram a avaliar novas opções de alocação, especialmente os fundos de renda fixa, diante dos juros ainda elevados e da percepção de risco persistente.
No mês de abril, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) se destacaram com uma captação recorde de R$ 33,8 bilhões, sendo que a maior parte desse montante veio de um único fundo, totalizando R$ 30,1 bilhões. Em seguida, observou-se um aumento nas entradas nos fundos de renda fixa, com R$ 17 bilhões, e nos fundos de previdência, com R$ 3,4 bilhões.
Por outro lado, os fundos multimercados continuaram liderando os resgates, atingindo R$ 12,3 bilhões em abril. Os fundos de ações também registraram uma retirada significativa de R$ 1,6 bilhão no mês, refletindo a complexidade do ambiente econômico atual. O mês de abril foi marcado por uma deterioração expressiva no cenário externo, com dados de inflação piores do que o esperado e uma atividade econômica robusta que adiou as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed).
No Brasil, o anúncio de revisão das metas fiscais pelo governo aumentou a percepção de risco em relação à dívida brasileira, o que contribuiu para a valorização do dólar, que chegou a encostar em R$ 5,30. A incerteza em relação à trajetória da Selic gerou expectativas divergentes entre os economistas, alguns apostando em cortes menos agressivos, o que torna o mercado de ações menos atrativo em um cenário de volatilidade.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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