Cada investimento veículo tem sua estrutura, com taxes de administração, performance, transação e transferências, além de tarifas, administração primária, guerra de tarifas, patrimônio líquido, gestão, levantamento e taxas da Quantum Finance, CVM, comissões de Valores Mobiliários.
O valor surpreendeu até os mais descrentes e, especialmente, os novatos no mercado de criptomoedas: em 2023, o valor do bitcoin, principal expoente desse grupo de ativos, cresceu 160%. No início deste ano, aumentou mais 60%, estabelecendo uma nova máxima em março.
Ao investir em criptomoedas, fique atento às tarifas e taxas de administração cobradas pelas corretoras para garantir um retorno satisfatório em seus investimentos.
Tarifas de administração e a guerra de tarifas no mercado de investimentos
A valorização dos ativos no mercado financeiro é um reflexo do aumento na demanda por investimentos, impulsionado pela confiança dos investidores e pela chegada de grandes instituições tradicionais como a TradiFi. No entanto, para acessar oportunidades de lucro, é preciso estar ciente dos custos envolvidos, como as tarifas cobradas pelas gestoras de investimentos.
Nos Estados Unidos, a negociação de ETFs ligados ao bitcoin desencadeou uma intensa ‘guerra de tarifas’ entre as gestoras, na busca pela preferência dos novos investidores. Essa competitividade resultou em um aumento expressivo do market share, com uma capitalização total de US$ 55 bilhões para os 11 ETFs negociados nos EUA, de acordo com dados da Coingecko.
No Brasil, embora já existam ETFs de criptoativos e outros fundos de investimento disponíveis há algum tempo, o patrimônio líquido sob gestão ainda é considerado modesto em comparação com o mercado global. Os 13 ETFs listados na B3, por exemplo, alcançaram cerca de R$ 5 bilhões em patrimônio líquido ao final do primeiro trimestre, com 227 mil cotistas.
Enquanto isso, os fundos de investimento em criptoativos de acesso público apresentaram um patrimônio líquido de pouco mais de R$ 1,5 bilhão e quase 153 mil cotistas no mesmo período, conforme levantamento da Quantum Finance. Por outro lado, os investidores diretos em exchanges nacionais e estrangeiras movimentaram R$ 19 bilhões, com mais de 4 milhões de investidores ativos no mercado cripto.
Quando se trata de investir em ETFs, é essencial considerar as taxas envolvidas, incluindo as tarifas de administração primárias que variam de 0,10% a 0,90% ao ano, de acordo com regulamentações da CVM. No entanto, devido à estrutura e estratégia do ETF, a taxa total de administração pode chegar a 1,30% anualmente.
O gestor Theodoro Fleury, da QR Asset Management, destaca que os ETFs são conhecidos por serem produtos de investimento de baixo custo, com o objetivo de cobrar as menores tarifas possíveis. No caso dos ETFs de criptoativos, há custos adicionais, como a custódia qualificada dos ativos digitais, que podem resultar em taxas um pouco mais altas em comparação com ativos tradicionais.
Além das tarifas de administração, outras taxas incidem sobre os investimentos, como a remuneração do administrador pelo gerenciamento do ETF e a escrituração das cotas. É importante observar que no Brasil existem dois modelos de gestão de ETFs, com diferentes estruturas e custos, impactando as tarifas totais para os investidores.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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