Bilionários da tecnologia, como o líder da Apple e o diretor do Google, desenvolveram uma “bromance” com Trump, apesar de críticas passadas à sua posse.
Na noite de 20 de janeiro de 2017, a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi marcada pela presença de bilionários da tecnologia que conhecemos como os barões do Vale do Silício. Entre eles, as celebridades do setor que mais se destacaram foram os fundadores da Facebook, Google e Apple. Pouco tempo antes, esses mesmos bilionários estavam atrelados a um termo chamado bromance dos barões, em uma forte aliança no Vale do Silício.
Esse grupo de executivos e empresários da tecnologia, também conhecido como os bilionários da tech, foi o centro das atenções em 20 de janeiro de 2017. A presença deles em uma posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não escapou da atenção da mídia e do público. A bromance dos barões ganhou destaque na época, e a ligação entre esses bilionários e o presidente foi tema de discussão em muitos meios de comunicação.
O Evento de Posse: Uma Reunião de Técnicos de Alta Esfera
A capital americana, Washington, foi o palco para uma reunião incomum entre os principais executivos de tecnologia. Além de Elon Musk, dono da SpaceX e da Tesla, estavam presentes em uma Igreja local Jeff Bezos, fundador da Amazon, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, Tim Cook, líder da Apple, e Sundar Pichai, diretor do Google. Esses executivos de destaque ocuparam lugares de honra e apareceram lado a lado em fotos da cerimônia de posse, que marcou o início de uma nova etapa para o atual presidente dos EUA.
A presença de tantos líderes da tecnologia em uma mesma sala, após a audiência no Congresso de 2020, reforçou o termo ‘bromance dos barões‘, que descreve uma relação de amizade íntima entre homens. Nesse contexto, a expressão ganha um novo significado, destacando o relacionamento estreito entre esses executivos e o presidente dos EUA.
Um Evento de Transição: Trump e a Nova Dinâmica
No entanto, a relação entre Trump e os executivos de tecnologia não sempre foi tão positiva. No passado, aliados do presidente defenderam o banimento do TikTok, uma rede social chinesa que tem sido objeto de controvérsia nos EUA. O próprio Trump já foi um crítico feroz da Meta e de sua abordagem à moderação de conteúdo, chamando o Facebook de ‘inimigo do povo’ em março de 2024.
No entanto, com a eleição de Trump, as coisas mudaram. Zuckerberg, CEO da Meta, jantou na casa do presidente em Mar-a-Lago, e a empresa doou US$ 1 milhão (cerca de R$ 6,2 milhões) para um fundo para o evento de posse de Trump. Além disso, Zuckerberg anunciou novas diretrizes da Meta, declarando que era ‘hora de voltar às nossas raízes, em torno da liberdade de expressão’. Esse anúncio foi celebrado por apoiadores de Trump, que o vêm como um esforço para ‘reduzir a censura’ no Facebook e Instagram.
A Nova Dinâmica: Uma Abordagem mais Liberal
A mudança de posição de Zuckerberg foi um sinal de uma nova dinâmica entre os executivos de tecnologia e o presidente dos EUA. No entanto, a presença de Shou Chew, CEO do TikTok, em meio à discussão sobre o futuro da rede social nos EUA, criou uma sensação de incerteza. Trump já revelou sua intenção de adiar a proibição da plataforma prevista em uma lei americana por meio de uma ordem executiva, com duração de 90 dias.
Ainda que as relações entre Trump e os executivos de tecnologia tenham sido tensas no passado, a presença deles na cerimônia de posse reforçou o ‘bromance dos barões’. Essa dinâmica pode ser um sinal de uma nova abordagem mais liberal para a liberdade de expressão e a moderação de conteúdo nas redes sociais.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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