Pular ondas tem ligação com Iemanjá, e usar branco é costume dos candomblecistas; há influências culturais e religiosas de matriz do Candomblé, com raízes profundas em comunicação com o.
As práticas religiosas e folclóricas influenciam profundamente a vida cotidiana no Brasil, especialmente durante as festas populares. As origens dessas celebrações, muitas vezes, trazem consigo símbolos de renovação e busca por boas energias.
Entre as diversas rituais que marcam o início de cada ano, o tradicional vestir branco em 1º de janeiro e pular sete ondas nas praias tem sido uma tradição que se mantém ao longo dos anos. Essa prática, que parece ter origens na cultura indígena, simboliza a busca por boas energias e a renovação que o Ano Novo traz, representando a eliminação de energias negativas e a abertura para um futuro promissor. O ritual de pular ondas também é visto como uma forma de limpeza espiritual, permitindo que a pessoa se refresque e se renove em todos os níveis, físico, emocional e espiritual.
Desvendando os mistérios dos rituais populares
Eles atravessam gerações, sustentando uma conexão profunda com as práticas que simbolizam a renovação e a transmissão de boas energias. Sua origem remonta às influências culturais e religiosas que fazem parte da identidade brasileira, unificando elementos do Candomblé, Umbanda, superstições populares e o desejo de recomeçar. Essa integração de elementos diversos resulta na criação de uma rica tapeçaria cultural, que permeia a vida dos brasileiros.
Os rituais que simbolizam a renovação e boas energias
Entre essas práticas, uma das mais populares é o ato de pular sete ondas no Ano Novo, associado a pedidos de proteção, prosperidade e renovação espiritual. Essa tradição, amplamente praticada nas praias do país, tem raízes profundas nas religiões de matriz africana, como a Umbanda e o Candomblé. A Iemanjá, divindade das águas e mãe dos orixás em ambas as religiões, é reverenciada como uma figura de proteção e abundância.
Comunicação com o mundo espiritual
Nos rituais em sua homenagem, as águas são vistas como um portal para a purificação e para a comunicação com o mundo espiritual. O número sete tem um significado especial nessas tradições, representando ciclos de renovação e conexão com o divino, relacionado às sete linhas da Umbanda e aos sete mares. Cada onda representa um pedido ou desejo para o ano que se inicia. Ao entrar na água, a pessoa se purifica, deixando para trás as dificuldades do ano anterior e se abrindo para novas oportunidades.
Simbolismo do ritual
Com o sincretismo religioso presente na cultura brasileira, o ato de pular ondas foi incorporado ao imaginário popular e, muitas vezes, dissociado de suas origens afro-religiosas. Ainda assim, mesmo aqueles que não seguem as religiões de matriz africana reconhecem o simbolismo do ritual como um momento de conexão com a natureza e com o futuro, mediante a prática de rituais e cerimônias que simbolizam renovação e boas energias.
Os poderes da cor branca
Vestir branco na passagem de um ano para o seguinte é quase obrigatório para quem acredita em rituais. O branco é uma cor associada à paz, influência direta do Candomblé, que logo acabou passando para outras religiões de matriz africana, onde a cor é um elemento central nos rituais e cerimônias, utilizada para representar Oxalá, o orixá da criação, da sabedoria e da paz. A prática passou a se tornar comum na década de 1970, quando candomblecistas passaram a fazer suas oferendas na praia, com influências culturais e religiosas que fazem parte da identidade brasileira.
Fonte: @ Nos
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