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Vídeo enviado a pais de alunos pela Secretaria de Educação no Paraná, mobilização da categoria em 25, rede pública.
Em Curitiba, PR (FOLHAPRESS) – Foi anunciado pelo Ministério Público do Paraná hoje (11) que será aberta uma investigação sobre o vídeo enviado pela Secretaria de Estado da Educação, sob a administração de Ratinho Junior (PSD), aos pais dos alunos da rede pública, contendo críticas à greve dos professores e ataques à APP-Sindicato, entidade que defende a categoria.
O conteúdo audiovisual que gerou polêmica está sendo analisado de perto pelas autoridades, que buscam esclarecer a situação. A transmissão do vídeo levantou questionamentos sobre a liberdade de expressão e o respeito às entidades representativas, o que promete desdobramentos significativos nos próximos dias.
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O procedimento de investigação foi iniciado pela 5ª Promotoria de Justiça de Proteção do Patrimônio Público de Curitiba com o intuito de examinar detalhadamente as circunstâncias referentes ao financiamento, produção e distribuição do vídeo. É importante ressaltar que a Secretaria em questão não emitiu qualquer posicionamento até o momento em relação a esse assunto. A categoria dos professores, por sua vez, deliberou pela greve em 25 de maio, com início previsto para 3 de junho, por tempo indeterminado.
Rede Pública e Mobilização da Categoria
A paralisação foi encerrada na noite de quarta-feira, dia 5, após uma significativa mobilização por parte dos professores contra o projeto de lei do governador Ratinho Junior que institui o programa Parceiro da Escola, principal ponto de descontentamento do movimento grevista. Segundo a APP-Sindicato, os envios em massa do vídeo ocorreram em pelo menos duas ocasiões, nos dias 28 de maio e 3 de junho, partindo do mesmo número utilizado pela Secretaria para comunicações.
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Em 6 de junho, a Secretaria admitiu ter realizado os envios com o objetivo de informar os pais, sem fornecer mais detalhes. No dia seguinte, emitiu um comunicado informando que está investigando o caso. O conteúdo do vídeo critica o sindicato e menciona manifestações que seriam consideradas ‘partidárias e violentas’, colocando em risco a segurança dos filhos dos espectadores.
Categoria e Secretaria
A presidente da APP-Sindicato, Walkiria Olegário Mazeto, expressou sua indignação e preocupação com o conteúdo do vídeo, destacando que a criminalização das lutas sociais pode gerar um sentimento de ódio injustificado. Em um país marcado pela polarização política, é fundamental evitar discursos que demonizem os movimentos sociais.
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A oposição na Assembleia Legislativa do Paraná, composta principalmente por deputados do PT, está exigindo explicações do Secretário de Educação, Roni Miranda. O deputado Hussein Bakri, líder do governo, afirmou que o secretário comparecerá à comissão de educação da Casa para abordar o assunto, mas ainda não definiu a data da audiência.
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O deputado Requião Filho (PT) também solicita a presença de representantes da Paranaeducação, um órgão vinculado à Secretaria de Educação. Segundo informações, um dos responsáveis pelo envio do vídeo seria um funcionário da Fapec, uma fundação privada sediada em Campo Grande (MS) e que mantém contrato com a Paranaeducação. O valor do contrato é de R$ 36,8 milhões, com vigência até abril de 2026. A pasta confirmou a participação de um funcionário da Fapec no incidente, porém sem fornecer mais detalhes.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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