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Segundo a Febraban, são investidos R$ 4 bilhões anualmente na prevenção de fraudes no sistema bancário, com mecanismos de segurança como autenticação de dois fatores.
O enfrentamento de fraudes bancárias foi o foco de uma reunião realizada hoje no Congresso Nacional. Durante o encontro, especialistas discutiram maneiras de fortalecer a segurança no setor financeiro e proteger os consumidores contra fraudes cada vez mais sofisticadas. A proposta de lei em destaque, o PLP 77/2023, busca estabelecer diretrizes claras para prevenir e combater práticas ilegais no ambiente bancário.
Além disso, os participantes ressaltaram a importância de educar a população sobre os riscos de golpes e fraudes online, incentivando a adoção de medidas de segurança cibernética. A colaboração entre instituições financeiras e órgãos reguladores é fundamental para garantir a eficácia das ações de prevenção e investigação. Proteger os consumidores contra fraudes bancárias é um desafio constante, que requer esforços contínuos e aprimoramento das políticas de segurança digital.
Projeto de lei visa combater fraudes bancárias
Uma proposta apresentada pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) tem como objetivo criar o Cadastro Digital Certificado e estabelecer normas para a identificação de correntistas ativos e passivos de contas de depósitos abertas de forma eletrônica. O projeto determina que os usuários dos serviços bancários devem validar sua identidade por meio de certificados a cada dois anos.
De acordo com informações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), anualmente são investidos cerca de R$ 4 bilhões no combate a fraudes no sistema bancário. O diretor de Inovação da Febraban, Ivo Mósca, ressaltou que as instituições financeiras estão unidas para enfrentar esse problema crescente. Ele destacou a importância de manter normas que permitam agilidade no processo de segurança na abertura de contas.
Por outro lado, Luã Cruz, representante do Instituto de Defesa dos Consumidores (Idec), alertou para a frequência cada vez maior de vazamentos de dados e expressou preocupação com a coleta excessiva de informações exigida pelo projeto. Cruz sugeriu a implementação de mecanismos adicionais de prevenção de fraudes, como a autenticação de dois fatores e a verificação da localização do usuário durante o processo de abertura de contas.
Leonardo Gonçalves, presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Certificação Digital (ANCD), propôs o uso da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) para reforçar a segurança na abertura de contas. Ele enfatizou a importância da infraestrutura existente, que já atua há duas décadas, como um recurso fundamental para garantir a segurança tanto dos cidadãos quanto dos bancos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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