Professora presa em flagrante por ataques racistas na escola municipal do Rio teve prisão preventiva decretada pela Justiça após novos atos de discriminação.
Uma educadora de uma instituição de ensino municipal do Rio de Janeiro foi detida por praticar racismo contra uma estudante de 8 anos. A professora foi acusada de proferir comentários racistas direcionados à criança, o que resultou em sua prisão.
O caso evidencia a persistência da discriminação racial em ambientes educacionais, reforçando a necessidade de combater atitudes preconceituosas e promover a igualdade entre os alunos. A prisão da professora serve como um alerta sobre as consequências graves do racismo e da discriminação racial no contexto escolar.
Racismo: Escola Municipal Rio é palco de ataques e prisão em flagrante por discriminação racial
De acordo com familiares, a discriminação racial foi evidente na Escola Municipal Estados Unidos, no Catumbi, centro do Rio de Janeiro. A criança foi vítima de ataques verbais, sendo chamada de termos pejorativos como ‘preta’ e ‘cabelo duro’ pela servidora, identificada como Cristiani Bispo. A situação culminou na prisão em flagrante da professora, que teve sua detenção convertida em preventiva no domingo, 9, sob determinação da Justiça do Rio.
Segundo relatos, a aluna racista já havia sido alvo de discriminação racial anteriormente, mas os novos ataques fizeram com que a Polícia Militar fosse acionada e a professora, presa em flagrante. A mãe da criança acusou a servidora de racismo, resultando em uma ocorrência de injúria racial.
Cristiani Bispo passou mal e foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Souza Aguiar, no centro, onde recebeu atendimento médico e foi ouvida pela Polícia Civil. O caso foi registrado na 19ª Delegacia de Polícia do Rio, onde a prisão em flagrante da servidora foi decretada.
A Secretaria Municipal de Educação do Rio informou que afastou a professora de suas funções e abriu uma sindicância para investigar o caso. Alunos e pais da escola foram acolhidos e receberam apoio da gestão escolar diante do ocorrido.
Desde 2021, a secretaria tem se dedicado a combater o racismo, sendo pioneira no Brasil ao instituir a Gerência de Relações Étnico-Raciais (GERER). Essa iniciativa visa implementar políticas e práticas educativas que valorizem a história e a cultura afro-brasileira e indígena, formando alunos e professores comprometidos com a igualdade racial.
A defesa da professora não foi contatada até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações contra qualquer forma de discriminação racial.
Fonte: @ Nos
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