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O procurador de Justiça Eduardo Dias afirma ter sido alvo de racismo na sede do TJ-SP durante procedimento administrativo, com entrada autorizada pela carteira funcional, desviando do circuito de segurança.
Através de @folhadespaulo | O promotor de Justiça Eduardo Dias denuncia ter sido vítima de racismo no final de julho, ao tentar acessar a sede do TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), localizado no centro da cidade de São Paulo.
O episódio evidencia a persistência do racismo e da discriminação racial em instituições públicas, reforçando a necessidade de combater o preconceito em todas as suas formas.
Racismo no Tribunal de Justiça de São Paulo
O Ministério Público abriu um procedimento administrativo para investigar a situação. Dias descreveu que estava com traje formal, portando documentos e se dirigia ao tribunal para uma sessão. Ao apresentar sua identificação funcional, foi autorizado a entrar por dois seguranças que controlavam o acesso ao prédio. No entanto, ao chegar ao elevador, foi abruptamente impedido de prosseguir. Um homem o abordou, bloqueando a porta e solicitando que passasse pelo detector de metais. Mesmo com a intervenção dos seguranças, que confirmaram sua identidade, Dias foi submetido a uma revista discriminatória.
Impacto do Preconceito
A experiência de ser alvo de discriminação teve um efeito profundo em Dias. Após o incidente, ele participou da sessão no tribunal, mas só compartilhou o ocorrido com colegas brancos do Ministério Público mais tarde. Eles negaram ter passado por situações semelhantes. Sentindo a necessidade de agir, Dias solicitou uma investigação criminal e acesso às imagens do circuito de segurança do tribunal.
Repercussões e Respostas
Diante da denúncia de perfilamento racial, a corte se pronunciou informando que o homem que o abordou era um policial militar atuante no tribunal. A Secretaria de Segurança Pública emitiu uma nota, mas não esclareceu a posição oficial do TJ-SP. A Polícia Militar na corte iniciou uma investigação sobre o incidente. O presidente do tribunal afirmou que não há câmeras de segurança nas áreas de acesso, mas que estudos estão sendo feitos para instalá-las. A Associação Paulista do Ministério Público manifestou apoio a Dias, destacando a intolerância racial como inaceitável.
Fonte: © Direto News
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