Advogada Isadora Coimbra Diniz aborda fraude em negócios imobiliários, vulnerabilidade do setor e esforços contínuos para combater a corrupção, ressaltando a importância da justiça, democracia e alocação de recursos para desenvolvimento econômico com serviços essenciais durante o Dia Internacional do Combate à Corrupção.
O problema da corrupção no setor imobiliário é uma questão grave que atinge profundamente a economia de um país, como destacado pelo relatório IC3 do FBI em 2023. Neste ano, foram registrados prejuízos de US$ 145 milhões decorrentes das fraudes em negócios imobiliários, alertando sobre a necessidade de medidas vigorosas para combater a corrupção.
A fraude, a malversação e o desvio de recursos são práticas comuns que contribuem para a corrupção, causando danos significativos ao setor imobiliário e à sociedade como um todo. Por exemplo, a malversação de fundos pode levar a investimentos inadequados, afixando ainda mais o setor. Por isso, é fundamental que as empresas e instituições tomem medidas fortes para prevenir e identificar essas práticas, garantindo a transparência e a integridade nos negócios imobiliários.
O Combate à Corrupção no Setor Imobiliário: Uma Missão de Urgência
No contexto atual, o Dia Internacional do Combate à Corrupção, celebrado em 09 de dezembro, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), é um lembrete da gravidade da corrupção no setor imobiliário. Esse problema afeta não apenas a democracia e os sistemas de fiscalização e justiça, mas também distorce o desenvolvimento econômico. A corrupção é responsável pela desvio de recursos públicos e privados, reduzindo sua alocação para serviços essenciais como infraestrutura, segurança, saúde e educação, comprometendo a qualidade de vida da população e perpetuando a desigualdade social.
A corrupção em negócios, especialmente em setores como o imobiliário, é um obstáculo significativo para o desenvolvimento econômico sustentável. Quando recursos são desviados por meio de práticas corruptas, há uma diminuição da sua alocação para serviços essenciais, o que aumenta a incerteza e os riscos associados a negócios, tornando o ambiente econômico instável e imprevisível. Empresas são desestimuladas a participar de mercados onde a corrupção é endêmica, visto que investidores buscam mercados transparentes e previsíveis, resultando em diminuição da concorrência e prejuízos à inovação.
A complexidade do setor imobiliário, com sua burocracia complexa e necessidade de interação constante com autoridades públicas, cria oportunidades para práticas corruptas envolvendo agentes públicos e privados. A corrupção pode ocorrer por meio de pagamentos de facilitação para acelerar aprovações, licenças e registros, bem como encontrar atalhos para superar obstáculos impostos pela burocracia. Além disso, a corrupção pode levar à aprovação de projetos que não cumprem com normas ambientais, de zoneamento ou de segurança, manipular avaliações de propriedades, garantir decisões favoráveis, entre outros.
A falta de transparência e a complexidade do setor imobiliário contribuem para o aumento da vulnerabilidade ao desvio de recursos e à fraude em negócios. A corrupção pode ser perpetuada por meio de sistemas de controle mal implementados ou excessivamente complexos, gerando oportunidades para práticas corruptas. Além disso, a corrupção pode levar a uma alocação ineficiente de recursos públicos, comprometendo o crescimento econômico sustentável e criando um ciclo vicioso de ineficiência.
É fundamental que os esforços contínuos sejam feitos para combatê-la e promover a justiça, desenvolvimento econômico e a democracia. O Dia Internacional do Combate à Corrupção é um lembrete da necessidade de abordar este tema com urgência e determinação. A alocação de recursos para serviços essenciais, a promoção da transparência e a prevenção da fraude em negócios são essenciais para superar a corrupção e garantir um futuro mais justo e sustentável para todos.
Fonte: © Estadão Imóveis
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