A Premiação da Capes é distribuída em áreas científicas exatas, humanas e médicas, com cinco ganhadoras em cada setor. Cada região brasileira teve três finalistas, incluindo mulheres cientistas e professores.
Pesquisadora brasileira conquista Prêmio Mulheres na Ciência em 2024, com destaque para suas pesquisas em ciência. O Ministério da Educação (MEC) celebrou os trabalhos de 15 mulheres em pesquisa, demonstrando a importância da participação feminina na área. Esta edição do prêmio reconheceu os esforços de pesquisadoras de diversas regiões do país.
O Prêmio Mulheres na Ciência, entregue em novembro de 2024, visa destacar profissionais mulheres na área da ciência, enquanto cada região do país tem um representante feminino em sua lista de prêmio. Dentre as pesquisadoras, algumas já têm experiência em pesquisas científicas de destaque, outros estão no início de suas carreiras como cientistas.
O Reconhecimento à Pesquisadora: Um Passo em Frente para a Equidade de Gênero na Ciência
A prestigiada iniciativa de premiar as pesquisadoras mais destacadas em diversas áreas da ciência desempenha um papel crucial no esforço de alavancar a equidade de gênero na ciência. Considerando a diversidade de disciplinas, incluindo ciências exatas, médicas e humanas, o fato de haver cinco pesquisadoras para cada área é um indicativo do potencial das mulheres na ciência. O objetivo dessa iniciativa não é apenas celebrar a produção científica feminina, mas também promover a igualdade de gênero, o que é fundamental para o progresso e o desenvolvimento científicos.
As vencedoras foram selecionadas com base no Indicador de Citações Ponderadas por Disciplina, uma ferramenta de avaliação que mede o impacto de um trabalho em relação a outros trabalhos do mesmo tipo e ano de publicação. Além disso, foi considerado o número mínimo de cinco publicações na disciplina indicada entre 2019 e 2023. Essa abordagem garantirá que apenas as pesquisadoras com contribuições significativas e consistentes sejam reconhecidas.
A solenidade de premiação também contou com a apresentação do relatório Progress Toward Gender Equality in Research & Innovation – 2024, divulgado pela Elsevier. Esse relatório destaca o progresso do Brasil em relação à equidade de gênero na ciência, com o país sendo o terceiro com maior presença feminina na ciência, atrás apenas de Argentina e Portugal. As mulheres hoje representam 49% da força de trabalho científica, um salto significativo em relação a 2002, quando eram 38%.
De acordo com os dados do relatório referentes a 2022, a participação feminina na ciência é de 41% no mundo, um aumento em relação a 2002, quando era de 21%. No entanto, a disparidade ainda é evidente entre pesquisadores mais experientes e jovens. Enquanto as mulheres representam 45% dos pesquisadores nos primeiros cinco anos de carreira, essa porcentagem diminui para 27% para aqueles com mais de 21 anos dedicados à pesquisa científica.
A presidente da Capes, Denise Carvalho, destacou a importância da representação feminina na ciência e mencionou Bertha Lutz como exemplo de uma mulher que liderou o processo que levou as mulheres brasileiras ao direito ao voto em 1932. Além disso, ela ressaltou a contribuição de Elisa Frota Pessôa para a ciência, apesar de sua contribuição ser frequentemente silenciada. Carvalho também elogiou a carreira de Maria José von Paumgartten Deane, médica que se destacou no trabalho com doenças tropicais, e a de Graziela Maciel Barroso, a primeira mulher naturalista do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e professora de botânica da Universidade de Brasília.
Em paralelo à premiação, o governo federal criou o Prêmio Mulheres e Ciência, que visa celebrar e incentivar a participação feminina na ciência. Essa ação é uma demonstração do compromisso do governo com a equidade de gênero na ciência e com o progresso em igualdade.
Fonte: © MEC GOV.br
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