Investidores ponderam impacto da crise geopolítica na demanda pela commodity e queda dos preços em 2023, while a força dos preços é influenciada pelo estoque da commodity.
Com a crescente instabilidade geopolítica, os contratos do petróleo identificaram uma queda significativa, refletindo as incertezas dos investidores em relação à demanda pela commodity no futuro próximo. Neste contexto, a percepção de risco se tornou um fator determinante para as decisões de investimento.
Com a crise entre Rússia e Ucrânia ainda em plena intensidade, os preços do petróleo continuam a ser afetados de forma significativa. A instabilidade geopolítica se tornou um fator de incerteza para os investidores, que começaram a avaliar com mais cuidado as possibilidades de crescimento da demanda pela commodity no próximo ano. O contrato futuro para janeiro do petróleo Brent, a referência global, caiu 0,68%, com o preço por barril chegando a US$ 72,81 na Intercontinental Exchange (ICE).
Variação nos Preços do Petróleo
O contrato futuro para dezembro do WTI, a referência americana, experimentou uma queda de 0,75% a US$ 68,87 o barril, na Nova York Mercantil Exchange (Nymex). Esta queda nos preços ocorreu após a divulgação de dados dos estoques de petróleo e gasolina dos EUA, que subiram mais do que o esperado na semana passada.
De acordo com os números do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), houve aumento de 545 mil barris no estoque na última semana, para 430,2 milhões de barris. A expectativa era que houvesse recuo de 800 mil barris. Em virtude deste maior estoque, a força nos preços vindas de questões geopolíticas foram apagadas.
A força nos preços do petróleo, que vinha sendo impulsionada por questões geopolíticas, foi reduzida devido ao maior estoque de petróleo. A preocupação com uma guerra nuclear entre a Rússia e a Ucrânia trouxe o risco de interrupção no fornecimento de petróleo, escrevem os analistas da ANZ Research. No entanto, isso foi em parte compensado pela redução das tensões no Oriente Médio.
A ANZ aponta que o Líbano e a milícia Hezbollah concordaram com uma proposta dos EUA para um cessar-fogo com Israel, segundo um relatório da Reuters, embora as negociações ainda estejam em andamento. Já no caso da guerra na Europa, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou ontem, durante a cúpula do G20, que o país fará de tudo para evitar uma guerra nuclear com a Ucrânia.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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