Especialista explica o que fazer em casos de contato: identificar atividades de contato primário com águas marinhas, detectar bactérias fecais, enterococos, UFC/100 mL, e usar Critério do órgão próprio (Imprópria) ou do órgão de tratamento (Própria) para avaliar a qualidade das águas.
Quando a temporada de verão chega, muitas pessoas se dirigem às praias do Brasil em busca de um momento de descanso e diversão. Neste contexto, é fundamental garantir que as praias escolhidas sejam seguras para o banho. A água é um elemento essencial para a sobrevivência humana, e sua qualidade é crucial para a saúde pública.
Praias com águas poluídas são um grande problema para o ecossistema e para a saúde humana. Em muitas ocasiões, a água de certas praias encontra-se contaminada por desperdícios humanos ou por resíduos de produtos químicos, tornando-as impróprias para o banho. Além disso, a costa que delimita a praia pode ser uma área de grande importância ecológica, servindo como lar para uma variedade de espécies marinhas. Muitas dessas espécies são vulneráveis e podem ser afetadas negativamente pela poluição da água.
Águas de Praia: Saiba a Qualidade da Água da Praia que Você Escolheu
Segundo um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 46,2% dos brasileiros procuram por sol e costa como o principal tipo de lazer. Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra, mas leve em consideração que é necessário tomar alguns cuidados antes de escolher o local para aproveitar.
Ter contato com praias impróprias para banho, seja na areia ou na água, pode causar doenças devido à exposição a bactérias. Notícias relacionadas alertam que o cidadão deve ser consciente sobre a qualidade da água antes de mergulhar. Para isso, é necessário entender o que é a balneabilidade, termo referente à qualidade das águas utilizadas para recreação de contato primário – atividades que envolvam contato direto e prolongado com a água, como natação, mergulho e esqui aquático.
Nessas atividades, há uma alta possibilidade de ingestão acidental de água. Para avaliar isso, segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), responsável por fazer o monitoramento da balneabilidade das praias no Estado, as praias são classificadas em duas categorias baseadas nas densidades de bactérias fecais: Própria e Imprópria. Contendo com três subcategorias na categoria Própria: Excelente, Muito Boa e Satisfatória.
Amostras são coletadas ao longo de cinco semanas consecutivas. A legislação estabelece três indicadores microbiológicos para avaliar a poluição fecal: coliformes termotolerantes (anteriormente conhecidos como coliformes fecais), Escherichia coli e enterococos. Dentro do critério do órgão para águas marinhas, para uma praia ser considerada imprópria é necessário que a presença de enterococos estejam em densidades superiores a 100 UFC/100 mL em duas ou mais amostras de um conjunto de cinco ou com valores acima de 400 UFC/100 mL na última amostragem.
Uma praia também pode ser classificada como Imprópria em outras situações que desaconselham o contato direto com a água, como a presença de óleos, casos de maré vermelha, floração de algas potencialmente tóxicas ou surtos de doenças transmitidas pela água. Os termos são definidos através de uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente, mas cada Estado faz a avaliação de suas próprias praias.
Como posso conferir o monitoramento e saber qual praia posso ir? Alguns Estados litorâneos costumam divulgar boletins dentro de uma certa periodicidade mostrando a qualificação para que o cidadão possa se organizar. Em São Paulo, por exemplo, o monitoramento é divulgado semanalmente com o período de amostragem e as praias divididas por localização. Confira quais outros Estados também têm: Ceará; Bahia; Rio de Janeiro; Paraíba; Paraná; Rio Grande do Norte; Rio Grande do Sul; Pernambuco; Espírito Santo; Alagoas; Santa Catarina; Maranhão.
Fonte: @ Terra
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