Viagem marcada para 25 de abril para diligências e tomada de depoimentos. Ex-presidente investigado por venda de joias presenteadas.
A Polícia Federal anunciou que irá realizar uma viagem aos Estados Unidos para aprofundar as investigações sobre a venda de joias do acervo da Presidência da República, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A equipe realizará diligências em diferentes cidades americanas, com o objetivo de avançar na apuração dos fatos.
Durante a viagem, os agentes irão realizar diligências em Miami (Flórida), Wilson Grove (Pensilvânia) e Nova Iorque (NY), dando continuidade à investigação em andamento. A expectativa é que as diligências contribuam para o avanço das investigações e traga novos elementos à apuração em curso.
Cooperação Internacional e Investigação
A primeira parte da cooperação internacional foi concluída com o envio de documentos e informações bancárias dos envolvidos nas diligências de apuração. Agora serão feitas diligências de campo, inclusive entrevistas e colheita de depoimentos fundamentais para as investigações em andamento.
Os policiais serão acompanhados por agentes especiais da polícia americana e irão utilizar a estrutura do FBI, a polícia federal americana, durante as atividades de investigação. Entre as ações previstas está a tomada de depoimentos dos comerciantes das lojas onde foram vendidas e recompradas as joias em questão.
Para conseguir a autorização necessária, os investigadores brasileiros descreveram quais são as ações necessárias e o FBI autoriza o que estiver em conformidade com a legislação americana.
Neste caso, a Polícia Federal teve todos os pedidos atendidos. Após a viagem marcada, os investigadores devem concluir o inquérito com diligências precisas e eficientes.
Investigações sobre Joias e Presentes
O ex-presidente Jair Bolsonaro ganhou joias e presentes no exercício do mandato, e investigações da PF mostram que os itens começaram a ser negociados nos EUA em junho de 2022.
Entre elas estava um kit de joias composto por um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico entregue a Bolsonaro em uma viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019.
Desenvolvimentos na Investigação
Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro questionam a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) para conduzir a investigação em andamento.
O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes, que identificou a participação de investigados em outros casos que tramitam na Corte, como o inquérito das milícias digitais. Em agosto do ano passado, Bolsonaro foi intimado a depor, mas usou o direito ao silêncio.
Fonte: G1 – Política
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