Principais ameaças: poluição marinha, falta de supervisão de animais domésticos e perturbação de locais de nidificação de espécies na costa.
A população dos Pinguins-de-Humboldt tem sofrido uma redução significativa em regiões ao longo da costa central do Chile, tornando-os uma das espécies de pinguins mais vulneráveis entre as 18 existentes globalmente e colocando-os em perigo de extinção, conforme alertam os especialistas. No ano anterior, pesquisadores conduziram um estudo em duas ilhas na costa central chilena e identificaram 842 pares reprodutores ou ninhos ativos dos Pinguins-de-Humboldt.
Os Pinguins-de-Humboldt (Spheniscus humboldti) são conhecidos por sua coloração distintiva e comportamento peculiar. A preservação dessas aves maravilhosas é crucial para manter o equilíbrio dos ecossistemas marinhos. A conscientização sobre a importância da conservação dos Pinguins-de-Humboldt é essencial para garantir um futuro sustentável para essas criaturas adoráveis.
Pinguins-de-Humboldt: sobrevivência em risco
Este ano, os pesquisadores se depararam com apenas um par reprodutor dos Pinguins-de-Humboldt. Paulina Arce, uma especialista em aves marinhas, alerta que as populações desses pinguins em todas as áreas monitoradas estão em declínio ou estagnadas. ‘Isso pode resultar em um cenário ainda mais preocupante, que poderia levar à extinção da espécie,’ enfatizou Arce.
Cientistas estão investigando a presença de microplásticos nas fezes dos Pinguins-de-Humboldt na Antártida. Enquanto isso, um crânio de um boto gigante com 16 milhões de anos foi descoberto na Amazônia. Na Argentina, uma nova espécie de dinossauro carnívoro foi identificada.
Os Pinguins-de-Humboldt (Spheniscus humboldti) formam colônias ao longo das costas do Pacífico, especialmente no Chile e no Peru. Eles são assim chamados devido ao hábito de se banharem na Corrente de Humboldt, que é conhecida por suas águas frias.
Essas aves não voadoras podem atingir até 5 kg de peso e 70 cm de altura quando adultas. Diego Penaloza, presidente da Safari Conservation Foundation, destaca que as principais ameaças enfrentadas pelos Pinguins-de-Humboldt na natureza incluem a poluição marinha, a presença descontrolada de animais domésticos e a perturbação dos locais de nidificação.
Além disso, a gripe aviária, agravada pelo fenômeno climático El Niño, teve impactos significativos nas populações de pinguins e outras espécies selvagens. Como consequência, as taxas de reprodução dos Pinguins-de-Humboldt despencaram para quase zero, conforme relatado por Javiera Meza, responsável pela Conservação da Biodiversidade na Conaf do Chile.
‘A combinação da gripe aviária e do El Niño deslocou a comida para o sul, resultando em uma queda drástica na reprodução no norte do Chile, levando à morte de muitos pinguins,’ explicou Meza. ‘Foi como se fosse a tempestade perfeita.’
Alguns animais, incluindo os Pinguins-de-Humboldt, não são avistados na natureza há décadas, o que ressalta a urgência de medidas de conservação para proteger essas espécies vulneráveis.
Fonte: © CNN Brasil
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